sábado, 2 de fevereiro de 2013



02 de fevereiro de 2013 | N° 17331
PAULO SANT’ANA

Paim surpreendeu

É de relativa surpresa que o senador Paulo Paim (PT-RS) tenha votado ontem em Renan Calheiros para presidente do Senado Federal.

Paim declarou que votaria com seu partido, o PT.

Não é surpresa que o PT tenha eleito Renan Calheiros ontem. O PT há muito tempo já foi desvirginado.

Surpresa é o Paim, que tinha ainda o hímen quase íntegro e ontem foi tudo para as cucuias.

O que terá levado o Paim a votar em Calheiros, o assecla de Sarney?

Fidelidade partidária não foi. Tantas vezes o Paulo Paim já tinha sido infiel ao PT, uma vez mais não teria feito diferença.

Foi por interesse pessoal que o Paim deu esse infeliz voto?

Será que o Paim não percebeu que o eleitorado que prega a moralidade esperava que ele não fosse ceder à tentação do poder?

O fato é que Paim era um dos últimos baluartes da ética. E, com esse seu infausto voto, não há mais em quem o eleitorado possa confiar.

Mudando de assunto, quanto à mulher, encaro-a como encaro o camarão: quanto maior for o crustáceo, menos delicioso será.

Por isso sempre gostei de mulher pequena, baixa.

Uma coisa é grande mulher, outra é mulher grande.

Tenho informações de que Gioconda (o modelo dela) e Madame Pompadour eram baixinhas.

E também resta um detalhe: quando a mulher é pequena, tem pés pequenos, portanto com maiores chances de serem bonitos.

Pés femininos grandes quase nunca são bonitos.

Quanto à tragédia de Santa Maria, quantas dezenas ou centenas de casas noturnas estavam portando as mesmas eventuais irregularidades naquela noite?

No entanto, a tragédia ocorreu só na Boate Kiss.

Por isso é que afirmo a importância da fatalidade.

Às outras todas que estavam e vão continuar estando irregulares, nada aconteceu.

Isso é a fatalidade.

Faleceu há dias Wilson Müller, que foi homem público e trabalhou longos anos conosco aqui na RBS.

Ele só deixou agradáveis lembranças, desde que foi implacável escudeiro de Maurício Sirotsky.

O Wilson Müller foi daqueles sujeitos perfeitos: nunca brigou com ninguém, sempre estava de bom humor e tinha uma virtude quase desaparecida: nunca falou mal de ninguém. Isso é raro.

Passou assim pela vida a distribuir sorrisos e a quebrar os galhos dos outros.

Um homem assim não deixa de ser memorável.

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