26
de fevereiro de 2013 | N° 17355
PAULO
SANT’ANA
Flutuando no paraíso
Continuo
em Jurerê, norte da ilha de Florianópolis, centro paradisíaco do mundo.
Pois,
como já disse, estive certas vezes no Havaí e nas Bahamas e senti
inacreditavelmente que a água do mar era fria, enquanto que aqui a água do mar
de Jurerê é quente como chimarrão.
Vale
a pena percorrer de carro 900 quilômetros, ida e volta de Porto Alegre, para
vir recostar-se numa cadeira preguiçosa na beira do mar.
Antes
de entrar na água, umas espigas de milho verde cozido caem bem, depois de
comprar quinquilharias dos vendedores da praia.
E um
sol benfazejo, com vitamina D, cai sobre o corpo da gente.
Caminho
na praia, às vezes de bengala, as solas dos pés batendo na areia. Para alguma
coisa, deve servir esse exercício.
Inspirado
num filme que estava anteontem concorrendo ao Oscar, aproveito aqui o lado bom
da vida.
A
vida tem um lado bom e um lado torto. Atravessar o curso da vida nada mais é do
que conciliar o lado bom com o lado torto. A banca paga e recebe, há que saber
curtir as alegrias e suportar as tristezas.
Para
se chegar à felicidade é sempre preciso ter de se defrontar com infortúnios.
Eu
sinto assim que não fui posto na vida só para ser alegre, há momentos em que
cumpre ser triste. Quem tiver essa noção filosófica possui melhores chances de
ter uma boa vida.
O
diabo é que, do veraneio do ano passado para cá, os preços aqui em Jurerê aumentaram
em 30% contra uma inflação de apenas 6%.
Você
vai a um restaurante ou quiosque e sente pesado o preço das delícias que eles
oferecem.
Mas
também há lugar em que se come comida a quilo e uma refeição normal custa R$ 18,
com direito a carne da melhor qualidade, espaguete, feijão e salada variada.
Não
dá para só comer camarão. De tão bom, enjoa. É preciso fazer um lastro com
comida caseira.
Gozado,
na vida a gente tem de comer todos os dias para manter o esqueleto de pé.
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