sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013



22 de fevereiro de 2013 | N° 17351
PAULO SANT’ANA

Noite de encantamento

Uma corrente elétrica de emoção, expectativa e encantamento percorre os corações gremistas desde a inesquecível vitória sobre o Fluminense.

Foi uma noite mágica: num passe de prestidigitação, o Grêmio saiu da lanterna e se ergueu até a liderança.

E mais ainda: o Grêmio descobriu nessa partida uma jogada que deverá ser mortífera contra seus próximos adversários. Acontece que Barcos por diversas vezes foi autor do penúltimo toque, enquanto o chute terminal coube a Vargas.

Não estou dizendo que isso deva ser um método único. Afinal, a grande virtude de Barcos é o chute final na direção da meta adversária.

Mas não foi só essa a única novidade: André Santos, nessa vitória, tornou-se diversas vezes um atacante, ele que já tinha mostrado maestria na jogada defensiva. Por sinal, o gol de André Santos foi mesmo de impedimento.

Mas este André Santos é mesmo jogador de Seleção Brasileira, na qual ele já atuou. Que jogador!

Eu imagino a febricitante emoção de que está tomada a torcida do Grêmio. Porque a atuação do time de Luxemburgo foi tão convincente e poderosa, que teve também o condão de fazer com que achemos que poderemos vir a ser campeões deste certame.

Por que não? Afinal, o Grêmio bateu fragorosamente no Rio de Janeiro o atual campeão brasileiro. E bateu sem nenhuma discussão, inapelavelmente. Ora, quem assim se comporta em momento tão decisivo como foi o de quarta-feira, tem todas as condições para almejar o título.

Fábio Koff telefonou-me na madrugada de ontem, uma hora e meia depois do jogo. Eu o cumprimentei pela grande vitória e ele me disse: “Obrigado, Sant’Ana, pelo Barcos”. Koff se referia a que, momentos após as urnas terem decidido por sua eleição, meses atrás, fui até o Olímpico cumprimentá-lo pela vitória eleitoral. E pedi a ele só uma coisa: que comprasse os jogadores Dida e Barcos. Então, o presidente está de forma muito grata reconhecendo o meu mérito nessas duas contratações.

Brinquei esses dias nesta coluna de que o jogo de anteontem serviria também a outro propósito: o de poder-se avaliar quem era o melhor, Fred ou Barcos.

As circunstâncias da partida determinaram que Barcos é superior a Fred, mas isso ainda não é definitivo. Tomara que o seja.

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