Jaime
Cimenti
Litoral Norte e exemplos de
superação
O gaúcho
é um forte, um exemplo de superação, no inverno e no verão. Não tem pra ninguém!
Não temos medo do nosso clima. Sirvam nossas modelos de façanha a toda terra! Antes
da freeway e da Estrada do Mar, enfrentávamos dias de viagem, carroças, balsas
e outros bichos para ver as águas quase nunca claras de nossas praias e tomar
um arzinho. “Vamo pras praia”, “Cheguemo no litorale”, eram alguns de nossos
gritos de guerra.
Engarrafamentos,
preços altos, problemas com luz, água e saneamento, prefeituras que pensam
quase só em IPTU, criminalidade crescente, chuvas, ventos e outros problemas
climáticos não conseguem retirar do veranista gaudério a força para enfrentar
as mais variadas situações de adversidade. Te mete!
Alguns
gaúchos mais acomodados ficam tomando mate ou uma canhazita nas estâncias,
comendo churrasquinho em baixo das figueiras centenárias, ou então, curtindo a
tranquilidade, os cinemas e restaurantes mais vazios, os copos de chope cheios
e o ar-condicionado das casas e outros locais.
Vamos
combinar que até está bom de veranear sem precisar pegar a estrada, com aqueles
pedágios meio salgados, os doidos correndo feito doidos e tudo mais. Cada qual
no seu quadrado, cada cabeça uma sentença, nada contra ninguém, mas admiro os
que têm espírito de luta e enfrentam, com galhardia, as aventuras do Litoral
Norte.
Alguns
conterrâneos se bandearam para Santa e outros preferem conviver com os doces
hermanos uruguaios. Há “ux tradicionaix”, que não abrem mão do Rio de Janeiro. Mas,
como dizia, o gaúcho é um forte e, atualmente, muitos estão nas praticidades
dos condomínios, onde alguns nem lembram mais de como é aquela faixa estreita
de areia e aquele mar caramelo ou chocolate.
O gaúcho
é forte e lamenta pouco o fato de março ser o melhor mês de veraneio, no qual
ficam os melhores sol, mar e areias abandonados, sentindo falta dos turistas. Mas
os oito fins de semana de praia valem muito, valem demais os amigos veranistas
e os amigos moradores do Litoral, as rodas de conversa, comida, bebida e música.
Vale contemplar o mar infinito e eterno, o vaivém perene das ondas e a beleza
cada vez maior das nossas prendas, as mulheres mais lindas do planeta.
Os
gaúchos são fortes, continuarão a dar exemplos de superação para a humanidade. Se
bobear, vão começar a mostrar força também no inverno, enfrentando os ventos, o
frio e as chuvas da costa, sem cortar os pulsos.
Ou
cortando, mas só com bolacha Maria, tchê! Não nos assustemo! Se as bala vier
por baixo...
Jaime
Cimenti
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