10 de agosto de 2012 | N° 17157
GRÊMIO
Mais
distante
empata pela primeira vez no Brasileirão e vê os líderes
aumentarem vantagem na ponta da tabela
Poderia ser melhor, mesmo que Luxemburgo tenha elogiado a
determinação da equipe no segundo tempo. O empate sem gols contra a Ponte
Preta, ontem à noite, em Campinas, manteve o Grêmio no G-4, mas o distanciou
dos líderes do Brasileirão. Domingo, o time enfrenta o São Paulo, novamente,
fora de casa.
Foi o primeiro empate no campeonato. Para não prejudicar a
matemática que prevê 37 pontos até o final do primeiro turno, o Grêmio
precisará de uma vitória no domingo. Luxemburgo não concorda que ganhar seja
obrigação. Diz que não quer ver fantasmas e prefere a equipe atuando de forma
consistente.
– Se eles (o Atlético-MG) continuarem assim, temos que tirar
o chapéu, reconhecer os méritos e buscar o que resta, uma vaga na Libertadores.
O percentual de aproveitamento está muito alto (83,3%, 11 vitórias em 14 jogos)
– reconheceu o treinador.
Foi defeituoso o primeiro tempo do Grêmio. Excetuados os
minutos iniciais, em que tentou surpreender a Ponte Preta em jogadas
organizadas por Elano, o time foi controlado quase sem dificuldades. Coube a
Elano o único arremate perigoso, em cobrança de falta defendida por Edson
Bastos.
Improvisado como volante, no lugar do suspenso Fernando,
Vilson mostrou-se inseguro diante dos velozes atacantes adversários e abusou
das faltas. Chegou a protagonizar um lance grotesco, ao errar em bola numa
tentativa de cabeceio. Advertido com cartão amarelo a quatro minutos, Edilson
passou a atuar pela esquerda, para evitar o confronto direto com o perigoso
Rildo. Como a providência não funcionou, Luxemburgo trocou-o por Léo Gago.
O segundo tempo, sim, foi todo do Grêmio, que merecia pelo
menos um gol. Mais ativos, Kleber e Marcelo Moreno formaram a primeira linha de
marcação nas saídas de bola da Ponte Preta e confundiram o adversário. Souza
voltou a funcionar como surpresa e auxiliou na criação. Kleber teve duas
chances para marcar, uma de cabeça, a 12 minutos, e outra em arremate de fora
da área, a 21, defendido por Edson Bastos.
Em pouco tempo, o domínio era quase absoluto. A 30 minutos,
Kleber deu passe de calcanhar, Pará dividiu com Sacoman e a bola quase encobriu
o goleiro. Aos 38, foi a vez de Marquinhos, que acertou chute rasteiro, no
canto direito, desviado pelo goleiro. A chance mais clara foi perdida por Zé
Roberto, a 43 minutos.
luis.benfica@zerohora.com.br
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