02
de setembro de 2012 | N° 17180
O
CÓDIGO DAVID
Por que Isaac é
Isaac?
Por
que o furacão Isaac se chama Isaac? Hum. Isaac era o filho amado que Abraão ia
sacrificar por ordem de Jeová. Amarrou-o, Abraão, a uma pedra, como se fosse um
cordeiro. Ergueu a faca afiada que iria abatê-lo. Estava prestes a desferir o
golpe de morte no peito do menino, quando a mão de ferro do anjo do Senhor
deteve-lhe o braço. Assim salvou-se Isaac, para se transformar em um dos
patriarcas hebreus. E, agora, em furacão.
Por
quê?
Não
sei, mas, de tudo que o atual Isaac poderia cometer, meu maior temor era por
New Orleans. Ocorre que, embora já tenha visitado o Grande Irmão do Norte,
nunca fui a New Orleans, e essa é uma viagem que anseio fazer, mais do que
todas. Por várias razões. A principal é que lá nasceu o Blues. Quero muito
entrar num daqueles bares de New Orleans e pedir uma cerveja e ficar ouvindo
uma banda de Blues tocar.
A
segunda razão do meu apreço por aquela região que os Esteites compraram
baratinho de Napoleão é que lá também nasceu Truman Capote, um dos meus
escritores preferidos. Num dos livros de Capote, Música para Camaleões, ele faz
referências à parte rural desse Estado da Louisiana, onde “havia fazendas e
mulheres de fazendeiro que arrumavam a mesa num canto onde quase todo
forasteiro itinerante, um pregador evangélico em viagem, o afiador de facas, um
operário em trânsito, era convidado a se sentar para um lauto almoço”.
Não
é uma maravilha? Tenho de ver New Orleans. Que Isaac e seus eventuais
sucessores lhe sejam leves.
A
bela santa
Não
posso deixar de falar da santa do fim de semana, Santa Beatriz. Beatriz viveu
no século 15. Era filha de um nobre português e foi mandada à Espanha, para ser
dama de companhia da rainha Isabel. Mas era tão linda que Isabel tomou-se de
inveja. Um dia, a rainha mandou que seus esbirros a detivessem e a trancafiou
em um baú. Três dias depois, o rei, intrigado com o sumiço, saiu a procurar por
ela. Cadê Beatriz? Cadê? Encontrou-a, por fim, na caixa. Abriu-a e... surpresa!
Beatriz continuava viva e bem, graças, segundo ela, às preces que rogou à Nossa
Senhora. Não é uma bela história, a de Beatriz?
Aquele
lugar
Começo
agora uma nova seção, que vai contar algumas histórias de alguns lugares. Uns
por aqui. Outros distantes. Todos especiais. O de hoje é porto-alegrense. É:
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