sábado, 1 de setembro de 2012



02 de setembro de 2012 | N° 17180
VERISSIMO

Aquela câmera...

Homens caminharam na superfície da Lua e até trouxeram souvenires, mas...

Até hoje tem gente que duvida que o homem chegou à Lua. Teria sido tudo encenação, tudo feito em estúdio. Em vez de um triunfo da Nasa e do programa espacial americano, um triunfo de Hollywood e seu poder de criar ilusões.. Tudo propaganda, encomendada pelo governo americano para camuflar o atraso do país em relação à União Soviética na exploração do espaço. Um golpe de relações públicas, não uma conquista científica.

A teoria não se aguenta, claro. Uma trapaça deste tamanho demandaria uma teia de segredos e cumplicidades difícil de imaginar. A ilusão teria sido denunciada há tempo, e a farsa desmascarada – pelos próprios americanos, que gostam de uma revisãozinha histórica como ninguém.

Mas nenhuma versão séria da teoria da encenação apareceu. Não houve uma conspiração. A conquista aconteceu mesmo e foi admirável. Homens caminharam mesmo na superfície da Lua e até trouxeram souvenires. Mas...

Mas tem a questão daquela câmera. A que registrou a descida do Neil Armstrong de dentro do módulo espacial, pela escadinha, para dar o primeiro passo da humanidade num corpo celeste que não era o seu. Foi o momento mais emocionante da aventura, e a câmera estava lá, registrando tudo. Como a câmera estava lá, montada no lugar certo para não perder nada?

A explicação oficial foi que a câmera tinha sido ejetada de dentro do modulo e caído a alguns metros de distância na posição ideal para gravar a descida de Armstrong. Uma explicação plausível: afinal, para quem coloca um módulo na Lua com aquela precisão, colocar uma câmera de pé no lugar desejado não seria nada demais. Mas em vez de imaginar a câmera sendo expelida do módulo com tripé e tudo, dando uma cambalhota no ar e caindo no lugar certo, imaginemos uma alternativa.

Imaginemos Neil Armstrong, que morreu na semana passada, com 82 anos, de problemas com o coração, usando seus últimos alentos para confessar: “Foi tudo mentira...”.

– O que é isso, comandante?

– A descida na Lua. Foi mentira.

– Como, mentira? Foi verdade. O senhor foi o primeiro homem a pisar na Lua e...

– A câmera. Fui eu que montei. Desci do módulo, montei a câmera no seu tripé, acertei o foco e voltei para dentro do módulo. Depois, desci a escadinha, fingindo que era pela primeira vez. Era mentira.

– Não, comandante. Aquele foi o momento mais bonito de todos. Sem a câmera ali, a emoção não seria a mesma. Foi a mentira que tornou a verdade espetacular.

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