07 de setembro de 2012 |
N° 17185
PAULO SANT’ANA
O peão Natalício
Quando eu morava em Tapes, há 48
anos, tinha um amigo, o peão Natalício, que mal o sol se punha dizia assim, às
vezes, para a mulher: “Lava os teus pezinhos que hoje eu vou te percisar”.
Os casamentos são interessantes,
as pessoas acham que têm obrigação, quando não percisão, de fazer sexo.
Há coisas que a gente descobre
depois de velho. Foi o caso de que só aprendi na semana passada que não se diz
a grosso modo. O certo é grosso modo, sem a preposição a.
Os medíocres não passam, às
vezes, de paródias dos brilhantes.
Alea jacta est. Fábio Koff x
Paulo Odone na eleição para presidente do Grêmio será um duelo de titãs, caso o
Grêmio venha a vencer este campeonato nacional.
Kleber do Grêmio levou dois
cartões amarelos contra o Palmeiras e eu fui dizer na segunda-feira, no Sala de
Redação, que o jogador do Grêmio era um irresponsável. Fiz, portanto, crítica
severa ao jogador, de quem sou fã incondicional.
Já o colorado D’Alessandro levou
dois cartões amarelos contra o São Paulo e as vozes coloradas do Sala de
Redação disseram que o juiz errou e houve falta sobre o D’Alessandro no lance
em que o árbitro expulsou-o por dissimulação.
Todos conhecem as rebeldias do
Kleber e as manhas do D’Alessandro contra os árbitros, recentemente o colorado
deu um encontrão no juiz num jogo em Minas Gerais e foi expulso. Agora, outra
vez.
Sempre me gabo de ser isento,
mesmo sendo gremista. Não vejo essa mesma imparcialidade entre os
representantes colorados na imprensa esportiva.
Cleber errou e foi severamente
criticado por mim. D’Alessandro, tradicional rebelde contra as arbitragens, é
defendido ardorosamente pela malta vermelha.
Não fui ao dicionário para ver o
que quer dizer a palavra nostalgia. Mas eu tenho um sentimento do que seja: uma
espécie de saudade deliciosa, uma recordação saborosa do passado.
O que não quer dizer que
nostalgia também não seja reminiscência de um passado amargo e difícil.
Eu gosto muito da palavra
nostalgia, acho que dever ser pelo tango Nostalgia, bela página do cancioneiro
portenho que me apanho sempre cantando quando ando acabrunhado.
Como já cansei de dizer, sei mais
de 800 marchinhas carnavalescas do passado, nos tempos de antanho, quando as
pessoas decoravam pelo rádio, durante quatro ou cinco meses, as marchinhas de
Carnaval que iriam cantar nos bailes momescos em fevereiro.
A melhor e mais inocente
marchinha carnavalesca cujo bordão decorei foi a seguinte:
O chinês Patchuli
Toca flauta de bambu.
Quando acaba de tocar,
Soca a flauta no baú.
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