sexta-feira, 8 de junho de 2012


Jaime cimenti

Nas asas imortais da Varig

Uma coisa sensacional o belo volume encadernado, com sobrecapa, com muitas ilustrações e fotos em cores e em preto e branco com o título Varig Eterna Pioneira. É a segunda edição da obra de autoria de Gianfranco Beting e Joelmir Beting, 267 páginas, publicada pela Edipucrs.

Saudade da Varig, das aeromoças lindas e sorridentes, dos pilotos competentes, da manutenção rigorosa, da alimentação de bordo de primeira para todos, dos vinhos... Saudade da Ieda Vargas chegando pela Pioneira em Porto Alegre depois de eleita Miss Universo.  Saudade de Erik de Carvalho, Ruben Berta e Otto-Ernst Meyer. Nas asas da Varig nós, o Rio Grande, os brasileiros e muitos estrangeiros voamos alto.

Com cinco partes e 19 capítulos, mais introduções de Gianfranco Beting e do professor doutor Elones Fernando Ribeiro, diretor da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da Pucrs, a história da Pioneira está bem narrada, desde o lendário e difícil início até o final, que não foi bem o que ela merecia. Aliás, melhor nem lembrar muito o final, melhor recordar as coisas boas, sorrir e chorar. Tipo assim, enterro de uma avó querida.

As agências da Varig no exterior eram como consulados, eram a casa da gente em Londres, Nova Iorque, Paris e Buenos Aires. A Varig representava o Brasil fazendo bonito num dos setores mais modernos e competitivos da atividade humana.

A Varig tinha, democraticamente, funcionários com sobrenomes Silva, Portanova, Dexheimer, Schneider, Westarp, Comerlato, Fuzimoto, Souza, Pinto, Martins e Carvalho. A Varig (1927-2008) tinha alma gaúcha e bronzeado carioca.

Com classe, competência e segurança sem paralelo na aviação brasileira, a Pioneira nos serviu caviar do Cáspio, lagosta do Nordeste e, claro, o churrasco dos Pampas, e seu time de profissionais nos fez dar muitas voltas ao mundo. A Estrela Brasileira, com decolagens pontuais, voos seguros e pousos que pareciam acariciar o chão, foi e é muito mais que uma empresa, equipamentos e um grupo qualificado de funcionários.

A Varig é das melhores e mais vencedoras partes da história brasileira e só vai desaparecer mesmo quando ninguém mais lembrar dela. Com este belo livro, a imortalidade está garantida. Lá por 2067, alguma criança, algum jovem ou adulto vai abrir o livro e voar nas asas da Eterna Pioneira. Voa, Varig, voa! Voa nas nossas melhores lembranças e nos sonhos mais infinitos.

Jaime Cimenti

Um comentário:

Angela Gonçalves disse...

Onde encontrar este livro Varig Eterna Pioneira, quero comprar um exemplar.