Jaime
cimenti
Nas asas imortais da Varig
Uma
coisa sensacional o belo volume encadernado, com sobrecapa, com muitas ilustrações
e fotos em cores e em preto e branco com o título Varig Eterna Pioneira. É a
segunda edição da obra de autoria de Gianfranco Beting e Joelmir Beting, 267 páginas,
publicada pela Edipucrs.
Saudade
da Varig, das aeromoças lindas e sorridentes, dos pilotos competentes, da
manutenção rigorosa, da alimentação de bordo de primeira para todos, dos vinhos...
Saudade da Ieda Vargas chegando pela Pioneira em Porto Alegre depois de eleita
Miss Universo. Saudade de Erik de
Carvalho, Ruben Berta e Otto-Ernst Meyer. Nas asas da Varig nós, o Rio Grande,
os brasileiros e muitos estrangeiros voamos alto.
Com
cinco partes e 19 capítulos, mais introduções de Gianfranco Beting e do professor
doutor Elones Fernando Ribeiro, diretor da Faculdade de Ciências Aeronáuticas
da Pucrs, a história da Pioneira está bem narrada, desde o lendário e difícil
início até o final, que não foi bem o que ela merecia. Aliás, melhor nem
lembrar muito o final, melhor recordar as coisas boas, sorrir e chorar. Tipo
assim, enterro de uma avó querida.
As
agências da Varig no exterior eram como consulados, eram a casa da gente em
Londres, Nova Iorque, Paris e Buenos Aires. A Varig representava o Brasil
fazendo bonito num dos setores mais modernos e competitivos da atividade humana.
A
Varig tinha, democraticamente, funcionários com sobrenomes Silva, Portanova,
Dexheimer, Schneider, Westarp, Comerlato, Fuzimoto, Souza, Pinto, Martins e
Carvalho. A Varig (1927-2008) tinha alma gaúcha e bronzeado carioca.
Com
classe, competência e segurança sem paralelo na aviação brasileira, a Pioneira
nos serviu caviar do Cáspio, lagosta do Nordeste e, claro, o churrasco dos
Pampas, e seu time de profissionais nos fez dar muitas voltas ao mundo. A
Estrela Brasileira, com decolagens pontuais, voos seguros e pousos que pareciam
acariciar o chão, foi e é muito mais que uma empresa, equipamentos e um grupo
qualificado de funcionários.
A
Varig é das melhores e mais vencedoras partes da história brasileira e só vai
desaparecer mesmo quando ninguém mais lembrar dela. Com este belo livro, a
imortalidade está garantida. Lá por 2067, alguma criança, algum jovem ou adulto
vai abrir o livro e voar nas asas da Eterna Pioneira. Voa, Varig, voa! Voa nas
nossas melhores lembranças e nos sonhos mais infinitos.
Jaime
Cimenti
Um comentário:
Onde encontrar este livro Varig Eterna Pioneira, quero comprar um exemplar.
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