28
de outubro de 2013 | N° 17597
PAULO
SANT’ANA
Renato: subiu pra
cabeça
Renato
Portaluppi decepcionou redondamente. Inventou à última hora e secretamente um
tal de Matheus Biteco, que não sei de onde ele tirou. Não tem explicação o que
Renato fez, deixar Zé Roberto e Elano no banco é uma demonstração de que o
treinador gremista estava delirante.
Aliás,
suas últimas declarações, de que quando iniciou o campeonato havia gente que
opinava que o Grêmio seria rebaixado, essas declarações foram delirantes. Nunca
ninguém disse que o Grêmio seria rebaixado, não sei de onde Renato tirou esse
absurdo. E foram repetidas durante três dias, o que demonstra que Renato, nos
últimos dias, inclusive ontem, entrou em surto.
É
uma pena. Caiu a máscara da face diante da vergonhosa goleada sofrida ontem.
Só
falta ele, na quarta-feira próxima, na Copa do Brasil decisiva, deixar Zé
Roberto e Elano novamente no banco.
Zero
Hora estampou ontem um editorial sobre o bárbaro trucidamento do pedreiro
Amarildo de Souza por PMs do Rio de Janeiro.
Mas
submeteu seu editorial aos leitores antes de sua publicação. E pediu sua
opinião.
Dezenas
de leitores apoiaram as torturas sofridas por Amarildo antes de morrer, a
saber, choques elétricos, afogamento e asfixia com saco plástico.
Pasmem,
dezenas de leitores opinaram e aprovaram as torturas. Disseram que assim têm de
ser tratados os criminosos.
Mas
que criminosos? Amarildo não era criminoso, era só pedreiro. Mesmo que fosse
criminoso – e não o era – tinha de ser torturado?
Olhem,
meus leitores, aqueles leitores que aprovaram as torturas se equiparam aos
bárbaros torturadores do pedreiro.
Decididamente,
não há salvação para a espécie humana depois que inúmeras pessoas,
identificadas, aprovam a tortura sobre uma pessoa direita. Não temos mais
salvação.
É
porque grassam entre o público essas opiniões que aprovam as torturas, que elas
se verificam, são os salvo-condutos para a tortura.
Se a
sociedade por inteiro condenasse a tortura, ela não se verificaria.
Mas,
como parte da sociedade aprova a tortura, ela acaba se institucionalizando.
Não
é de se admirar. O ex-presidente Ernesto Geisel, respeitável general, certo dia
espantou o Brasil ao declarar que em certos casos é aconselhável torturarem-se
presos para arrancar deles confissões.
E
não houve em nenhuma parte do Brasil qualquer protesto contra a declaração do
respeitável general. Então esse é o meio social em que convivemos. Viva a
tortura!
Desde,
é claro, que não sejam torturados quaisquer parentes dos que aprovam a tortura.
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