sábado, 12 de outubro de 2013


13 de outubro de 2013 | N° 17582
PAULO SANT’ANA

Um mártir policial

Na sexta-feira, uma viatura discreta da Polícia Federal que perseguia o veículo Hyundai IX35, que transportava 40 quilos de cocaína, na altura do km 417da rodovia Canoas-Montenegro, foi fechada pelos criminosos, capotou e acabou o acidente matando o agente Adécimo Joel Branco, de 56 anos, e ferindo um seu colega policial, durante intenso tiroteio.

Alguns quilômetros após, a perseguição aos traficantes, por outro veículo da Polícia Federal, terminou com um criminoso sendo preso num carro que transportava 40 quilos de cocaína e que havia furado a barreira policial na rodovia.

Mais um agente policial tombado no cumprimento do dever.

O velório do agente federal foi na sexta-feira à noite no Cemitério da Paz, onde ele foi enterrado na manhã de sábado.

Se é que eu tive tempo para me desvencilhar de meus problemas de saúde, devo ter comparecido ontem a esse sepultamento. Nós temos o dever de prestar honras fúnebres aos heróis policiais que pagam com a vida para nos proteger.

Adécimo Joel Branco, o agente federal que tombou na caçada é um desses heróis que merecem a nossa veneração.

Eu gostaria de ter talento para fazer um poema para Maria.

Maria, cujo nome principia na palma da minha mão/ e termina direitinho/ na ponta do meu dedão.

Maria concebida sem pecado! Maria, mãe de Jesus, montada grávida num burrico ao atravessar o deserto ao lado de José!

Maria, não sei por que imagino que este nome derive da palavra mar. Talvez pela imensidão de seu amor por Jesus e pelos homens.

Talvez porque rezando para Maria eu imagine que ela derrame sobre nós as suas ondas de bondade e piedade.

Já imaginaram a dor de Maria quando assistiu, na calçada da viela que levava ao Gólgota, a seu filho carregar o lenho debaixo de chibatadas?

Cada estação do Calvário era com certeza outra crucificação para o coração de Maria.

O coração de Maria! Todas as mulheres deveriam ser chamadas de Maria. Deve ser por isso que no céu existem as três estrelas chamadas de Maria, eternas em sua faiscante luminosidade.


Maria, cujo nome principia na palma da minha mão/ e termina direitinho dentro do meu coração.

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