14 de outubro de 2013 |
N° 17583
PAULO SANT’ANA
O suplício da barba
Acabei podendo ir ao enterro do
agente da Polícia Federal Adécimo Joel Branco, de 56 anos, que morreu na
perseguição a um carro com traficantes que portavam 40 quilos de cocaína na
Tabaí-Canoas.
Fui ao enterro e discursei ao pé
do caixão, exaltando a sublime missão policial muitas vezes incompreendida.
O agente Adécimo cometeu um erro
fatal: ao contrário do colega que viajava ao seu lado no banco da frente da
viatura policial e que sobreviveu ferido, fazendo-se presente ao enterro do
amigo, Adécimo não usava o cinto de segurança, foi atirado na capotagem para
longe do veículo e bateu com a cabeça em uma árvore ou numa pedra, o que
provocou a sua morte.
Muita gente foi levar ao agente a
sua homenagem no Cemitério Jardim da Paz.
Todo paraíso pode virar de
repente um inferno.
E todo inferno pode se
transformar num instante num paraíso.
Cá estou eu fazendo a barba para
poder aparecer melhor no vídeo diário do meu blog na RBS.
Quantas barbas já fiz na minha
vida, a barba cresce como raia o sol: todos os dias.
As lâminas de barbear tiveram
grande avanço. No entanto, às vezes ainda me firo no rosto ao barbear-me.
É um exercício de esmero o
barbear-se, quanto mais fios a gente raspa, mais se tem a tentação de
extirpá-los completamente.
Até que termina a barba e a gente
se toma de uma sensação de alívio e apuro, passando a lavanda antisséptica que
refresca toda a superfície de arranque.
Mas amanhã é outro dia, e a barba
crescerá novamente.
As mulheres não têm barba, estão
livres desse encargo, mas terão outros certamente nas funções ginecológicas que
não possuímos, felizmente. Ou infelizmente.
De qualquer forma, invejo os que
deixam crescer permanentemente a barba, é verdade que têm de apará-la se
quiserem parecer melhor aos olhos dos outros, mas aparar a barba é muito menos
cruciante do que cortá-la.
Deus meu, que vitória o Grêmio
deixou escapar sábado contra o Fluminense no Maracanã!
Estavam seguros os três pontos,
mas de repente uma bola espirrada na perna de um zagueiro gremista traiu o
Marcelo Grohe, que foi a melhor figura do Grêmio na partida. Grande atuação do
goleiro reserva.
Uma pena! Tínhamos a sensação de
que aqueles dois pontos que viriam a ser perdidos nos descontos iriam nos
garantir na Libertadores.
Agora a coisa ficou azeda. O
Botafogo passou o Grêmio, o Atlético Paranaense entrou no G-4 e até o Vitória
ameaça alcançar-nos.
Uma pena! Muitas vezes, um jogo
só decide tudo no Brasileirão.
E depois de amanhã temos o pepino
do Corinthians na Arena. E, sem o Kleber, que levou novamente o terceiro cartão
amarelo porque insiste clamorosamente em reclamar de forma irritante dos
árbitros.
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