terça-feira, 29 de outubro de 2013


29 de outubro de 2013 | N° 17598
PAULO SANT’ANA

Agressão à bolsa popular

Zero Hora de ontem acertou na mosca e na manchete: enquanto a inflação dos últimos 18 anos da moeda chamada de real aumentou em 261%, contas como as de luz, telefone, transporte público e planos de saúde tiveram aumento exagerado de 474%, em média.

Ou seja, o bolso do brasileiro foi agravado por quase 100% de aumento a mais, no que se refere à inflação divulgada pelo governo.

Eu não sei como é que o povo brasileiro resiste a essa espoliação.

Desde sexta-feira passada, clientes residenciais da CEEE estão pagando a mais pela conta da luz 13,3%, depois que se saudou que a presidente Dilma tinha congelado no ano passado os preços da tarifa de energia elétrica.

E agora a CEEE elevou os seus preços em 13,3%.

Isso que esses preços da luz, do telefone, do transporte público e dos planos de saúde são controlados adicionalmente pelo governo. Pois ainda assim sobem desproporcional e superiormente à inflação.

E, assim, a bolsa popular se vê assaltada pelo custo de vida, o que quer dizer que os brasileiros ganham cada vez menos.

Imaginem se vão calcular esses preços em relação aos aumentos salariais dos brasileiros, então o alarma e a espoliação serão ainda maiores.

Não tem explicação que Renato tenha anteontem deixado no banco Zé Roberto e Elano e tenha escalado no time titular Matheus Biteco e Adriano, que não jogam nada e que por isso não jogaram nada durante a partida em Curitiba.

Não tem explicação.

Como não tem explicação que Renato tenha poupado para o jogo de anteontem Rhodolfo, Ramiro e Souza, quando se sabe que o Tricolor está jogando todas as chances de classificar-se para a Libertadores, através do Brasileirão, tanto que caímos, em face da vergonhosa goleada sofrida para o Coritiba, do segundo para o terceiro lugar na tabela e no G-4.

E não sei de onde o Renato foi tirar que ao iniciar-se o Brasileirão havia prognósticos de que o Grêmio seria rebaixado.

Não sei de onde Renato tirou isso. Simplesmente porque ninguém, absolutamente ninguém, disse tal absurdo.

Renato entrou nos últimos dias em surto delirante.

Este presidente Fábio Koff é mesmo competente.

Pressionado insistentemente para renovar com antecipação o contrato de trabalho do treinador Renato, Koff não renovou o compromisso até agora.

E faz muito bem. Renato tem de renovar o seu contrato com o Grêmio para 2014 somente em duas hipóteses: se for classificado para a Libertadores do ano que vem ou se vencer a Copa do Brasil.

Não desejamos que Renato não leve o time à Libertadores nem que ele não seja campeão da Copa do Brasil. No entanto, são possibilidades viáveis as duas. E, se elas acontecerem, caso Koff antecipasse para já a renovação de Renato, como ficaríamos?

Ficaríamos atrapalhados com a precipitação.

A renovação de um contrato milionário como seria o de Renato tem de ter bases sólidas: no caso, que Renato seja vencedor ao final deste ano.


Enquanto não ganhar nada, então não se tem de renovar nada.

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