06 de outubro de 2013 |
N° 17575
PAULO SANT’ANA
O poder do sexo
No noticiário do nosso meio, nos
últimos dias, há alguns estupros seguidos de assassinatos e há crianças que
comparecem às delegacias de polícia para prestar queixa contra adultos por
assédio ou consumação de sexo contra elas.
Interessante que sempre, invariavelmente
sempre, o acusado por estupro, pedofilia ou assédio sexual é um homem, nunca se
viu uma mulher acusada de tal infâmia.
O acúmulo de casos de pedofilia e
estupro nos últimos dias não quer dizer aumento no índice: a grande maioria de
atentados continua se verificando, só que em silêncio.
As crianças vítimas de pedofilia
têm enorme dificuldade em denunciá-la, quase sempre estão à mercê de algum
parente que as blinda com silêncio, pela obediência simples ou por terror.
E há também uma grande massa de
crianças que não sabem que aquilo de que estão sendo alvo é pedofilia.
De qualquer forma, insisto em
dizer que me intriga que somente homens sejam pedófilos, não há na história uma
mulher acusada de tal jaez.
O que mais revolta são os
atentados sexuais contra crianças ou adultos, mediante violência ou grave
ameaça, sem falar nos que redundam na morte da vítima.
O instinto sexual na espécie
humana é uma vertente para taras inenarráveis.
O homem consegue fazer sexo com
mulher, com outro homem, com animais e até com objetos de masturbação.
Ou seja, o homem (e a mulher) tem
uma tal propensão ao sexo informal, que consegue fazer sexo consigo próprio.
Uma vez, eu li uma frase célebre
de um masturbador: “Sinto mais prazer nas minhas mãos do que nas mulheres”.
O sexo move o mundo. Há muitos
psicólogos ilustres que afirmam que a ânsia de poder dos homens tem origem na
busca da sua satisfação sexual: quanto mais poderes enfeixarem em suas mãos,
mais conquistas sexuais ou românticas obterão.
Ou seja, o poder é uma espécie de
potência sexual, serve de meio ou de percurso de sensualidade no sentido da
conquista do desejo. Mas isso deve ser considerado até normal, perto das
crueldades que o sexo enseja nos estupros e na pedofilia.
Que imundície é esta espécie
humana!
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