ELIANE
CANTANHÊDE
Não ao voto
nulo!
BRASÍLIA
- As manifestações de junho de 2013 foram uma explosão de insatisfações. O
acidente do Cessna 560 XL foi uma explosão que repõe as coisas no devido lugar.
A
grande maioria dos brasileiros ou não conhecia ou tinha uma vaga ideia de quem
era Eduardo Campos, este que aliados, adversários e jornalistas, antes tão
críticos, agora descrevem (descrevemos) como um político excepcional e uma
pessoa afável, virtuosa, de vida exemplar.
Em
algum ponto entre a paixão destrutiva da eleição e a comoção endeusadora da
morte, se encaixa o candidato Campos, com seus defeitos, suas qualidades e suas
potencialidades. E é exatamente nesse ponto que devemos também ajustar os
candidatos à nossa disposição, esses que tentam sobreviver às pressões
deletérias pré-eleitorais.
O
governo produz uma profusão de dados preocupantes na economia (portanto, para o
futuro), mas Dilma é uma mulher honesta, bem intencionada, empenhada fazer o
que julga melhor para o país.
O
jeitão alegre, de festas e noitadas, gera desconfiança em relação a Aécio
Neves, mas, tal como Campos, seu avô fez história e seus dois governos em Minas
estão no topo dos mais bem avaliados do país.
Eduardo
Jorge (PV) tem ótimos serviços prestados à saúde e à mulher. Luciana Genro
(PSOL) tem o frescor dos idealistas. Até o Pastor Everaldo (PSC), goste-se ou
não, representa um forte segmento.
E
vem aí Marina Silva, com um carimbo conservador, mas a promessa de um
"novo jeito de fazer política" e de um país equilibrado entre o
crescimento econômico e a distribuição mais equitativa do bem-estar. Se
preferirem, entre PSDB e PT.
A
prateleira de opções é rica, variada e expõe os melhores produtos do mercado
político. Depende de você, eleitor, escolher o melhor para o país e o futuro. A
crítica é construtiva, a descrença é estéril.
Como
pregou Campos, "não desista do Brasil!". Não ao voto nulo!
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