18
de agosto de 2014 | N° 17894
PAULO
SANTANA
Campos e Zé Roberto
Os
funerais de Eduardo Campos em Recife ontem foram ecoantes.
Uma multidão
incalculável foi levar ao túmulo o homem que foi uma unanimidade estadual
durante oito anos, era imbatível nas urnas.
Morreu
praticamente jovem, tinha futuro político promissor e o fato de ser neto de
Miguel Arraes catapultou-o lá em Pernambuco para um sucesso eleitoral invejável.
Era
cedo ainda para ser candidato à Presidência da República, seu nome ainda não
tinha repercussão nacional. Eu entendia que Marina Silva tinha de ser a
candidata em seu lugar, mas por linhas tortas isso parece que agora vai
acontecer.
E a
morte de Eduardo Campos por sortilégio favorece mais ainda Marina do que se ele
estivesse vivo.
O
Datafolha publica hoje sua pesquisa sobre a Presidência da República, e Marina
Silva vai aparecer, prejudicada pelo fato de que ainda não foi lançada
oficialmente pelo PSB. Mesmo assim, a pesquisa pode dar a ideia de quanto ela
mexerá com a eleição.
O
Criciúma não é lá essas coisas, mas a vitória do Grêmio soou bem junto à torcida
depois de três derrotas consecutivas.
O
jogo demonstrou de sobejo a burrice do treinador anterior do Grêmio, que não
escalava Zé Roberto de titular, o que era de uma obtusidade revoltante.
Zé Roberto
não ter lugar neste time do Grêmio, como vinha não tendo, é uma evidência de
que quem escalava o time não entende nada de futebol.
Foi
preciso o Luiz Felipe ressuscitar das sombras de uma Copa do Mundo ultrajante
para o Brasil e para ele, para reviver Zé Roberto na volta ao time titular.
É muita
burrice e prova que gente que ganha fortunas em salários não entende nada,
absolutamente nada, de futebol.
O
central Rhodolfo foi monumental ontem. Fellipe Bastos também jogou muito bem, o
mesmo com o lateral direito Matías Rodríguez.
É incrível,
mas, depois de perder o Gre-Nal em sua estreia, Felipão parece agora arranjar
melhor o time do Grêmio, embora o desfavoreça o fato de seu time ter de
enfrentar logo o Cruzeiro, líder, em pleno Mineirão, na próxima partida.
Acho
que não vai acontecer, mas, se por acaso Luiz Felipe conseguisse o milagre de
vencer o Cruzeiro na próxima quinta-feira, essa vitória retumbaria nos círculos
tricolores como se fosse um título nacional.
Ah,
ia me esquecendo: Lucas Coelho e seu belo gol no pênalti que sofreu passa a ser
titular absoluto. Barcos tem de ficar no banco.
E o
Inter, hein? Vem vindo devagarinho e pode beliscar o título.
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