quarta-feira, 20 de agosto de 2014


20 de agosto de 2014 | N° 17896
PAULO SANT’ANA

Um negro na Presidência

Diante do anúncio, em minha coluna, de que perdi minha bengala, choveram oferecimentos de leitores para me doar bengalas. O problema é que a maioria das ofertas tem os cabos nos moldes da bengala que passei a usar mas que é muito incômoda.

A bengala que perdi era ideal, tinha o cabo em forma de gancho e, quando eu a agarrava com a mão esquerda para descansar, não escorregava para o chão. Se for em forma de gancho o cabo, aceito o oferecimento.

Muito obrigado pela solidariedade, sinto-me lisonjeado com as ofertas. É encantador que as pessoas se preocupem com a gente. Com a entrada de Marina como candidata, preteou o olho da gateada na sucessão.

Quem deve estar apreensiva com a pesquisa do Datafolha é a presidente Dilma. Segundo o levantamento, Marina ganharia no segundo turno de Dilma. Vão sair faíscas na eleição.

O dado mais interessante da pesquisa do Datafolha é que, se Marina não concorresse, Dilma ganharia no primeiro turno. Isso por si só determina o quanto é importante a presença de Marina na eleição, o que pode provocar até que ela venha a ser eleita presidente.

Se Marina se elegesse presidente, não seria novidade uma mulher no principal cargo. Dilma já o conseguiu. Mas, por outro lado, seria uma bomba arrasa-quarteirão que tivéssemos pela primeira vez como suprema mandatária uma pessoa negra.

Ou Marina não é negra? É parda? Isso não faz diferença. Os Estados Unidos já elegeram o seu negro presidente. Obama exerce o cargo por reeleição.


E o Brasil, que tem maior índice de negros na população com relação aos Estados Unidos, no entanto ainda não elegeu um negro. Será que chegou nossa hora?

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