quarta-feira, 27 de agosto de 2014


27 de agosto de 2014 | N° 17904
LIVROS

O melhor de Martha

AUTORA COMEMORA DUAS décadas como cronista com o lançamento de três coletâneas temáticas

Era para ser apenas uma única crônica, algo fora da rotina da (até então) publicitária Martha Medeiros. A boa repercussão rendeu o convite para um segundo texto, um terceiro, e assim por diante... Duas décadas depois, as crônicas de Martha figuram periodicamente em ZH, veículo em que foram publicadas pela primeira vez, no jornal O Globo e em 10 coletâneas. A trajetória de sucesso pode ser revisitada agora nos recém-lançados volumes Paixão Crônica, Felicidade Crônica e Liberdade Crônica.

– Não imaginava me tornar cronista de jornal, um amigo jornalista leu textos que eu andava escrevendo e os levou para a ZH. Meses depois, perguntaram se podia publicar um deles – conta a autora.

É a primeira vez que a reunião de textos foi feita por temas – os livros anteriores tratavam de reunir as crônicas mais recentes. Com o recorte temporal de 20 anos, Martha acredita que seu desenvolvimento como cronista ficará evidente para o leitor em cada um dos volumes:

– Quando comecei a publicar, chutava mais o balde. Com o tempo, o tom ficou mais sereno e responsável, mas isto não me impede de dizer o que penso, mesmo que contrarie outras pessoas.

Algumas características marcantes permanecem ao longo do tempo. Entre elas, está o tom de diálogo com o leitor, como se o narrador fosse um amigo a contar uma história. A autora expõe suas opiniões, na maior parte das vezes ancoradas em histórias pessoais, tratando de amor, sexo, família e outros temas sem medo de expor seus gostos e vivências.

Cada livro é composto por 101 crônicas, agrupadas em tópicos. Felicidade Crônica, por exemplo, é subdividido em Curtir a Vida, Amor-próprio, Família e Outros Afetos e Viagens e Andanças. Enquanto isso, Liberdade Crônica traz temas como A Mulher Contemporânea e Fé e Equilíbrio; e Paixão Crônica tem divisões como Amor e Dor e Sexo.

– Falo sobre o que acontece no nosso íntimo, o que sentimos, o que pensamos, como agimos, o que julgamos importante. Isso não é gaúcho nem carioca, nem paulista: são aspectos humanos que se repetem independentemente de diferenças culturais – analisa a escritora.


alexandre.lucchese@zerohora.com.br

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