Collares, um homo politicus gaúcho
Nesta esquina conturbada da história em que a gestão pública se tornou tudo menos a busca pelo bem comum, Alceu Collares era a lembrança de que a política é a arte do consenso. Ele era também a reminiscência de que o Rio Grande do Sul já pariu grandes líderes para o cenário nacional. Em uma sociedade cada vez mais reacionária - e, por vezes, racista -, personificava, ainda, a memória de um Estado que já elegeu um negro governador.
Collares tinha o jeitão de antigamente. Mas, com sua simplicidade, conseguia unir temas ainda não resolvidos do passado, que surgem no presente e que precisam ser solucionados para que o Estado não se perca no futuro.
Educação, por exemplo. A cada nova eleição, um que outro candidato sempre resgata que Porto Alegre e o Rio Grande do Sul já se orgulharam de seus índices de ensino. Quando "escola em tempo integral" aparece, invariavelmente, o nome de Collares é citado pela implantação dos Cieps.
Collares era um homo politicus em extinção: polêmico, piadista, carismático, vaidoso, poeta do povo e que, com Neuza Canabarro, formava um casal a la Perón e Evita dos Pampas.
Quando políticos de TikTok não haviam nascido, Collares fazia do comício, cara a cara com o eleitor, seu palco. Era ótimo orador, da escola de Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola. Mas, principalmente, era um líder do tempo em que se tinha adversários políticos. Não inimigos. _
Entrevista - João Paulo Kleinübing
"Precisamos nos adaptar à natureza, e não o contrário"
Diretor financeiro do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), o ex-deputado João Paulo Kleinübing era prefeito em segundo mandato de Blumenau (SC) quando ocorreu a tragédia climática de 2008, um marco que serviu para a cidade se tornar, a partir dali, referência em alertas e prevenção a desastres. Ele conversou com a coluna.
Em 2025, cem escolas municipais
A Escola Estadual Professora Leopolda Barnewitz, que estava sob gestão da Secretaria Estadual da Educação, será municipalizada. Localizada no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, a unidade passará para o município para o início do ano letivo de 2025, tornando-se a centésima escola municipal.
Na última sexta-feira, o futuro secretário de Educação no segundo mandato do prefeito Sebastião Melo, Leonardo Pascoal, reuniu-se com a comunidade escolar para os alinhamentos finais (foto) prévios à troca de gestão.
Antes do encontro, Pascoal esteve com a secretária estadual da Educação, Raquel Teixeira, reafirmando a necessidade de finalizar o processo de municipalização iniciado em fevereiro de 2024. Conforme Pascoal, a união de esforços vai garantir que, já em 2025, se possa contar com a ampliação da oferta de vagas de 1º ano, assim como a abertura de matrículas para a Educação Infantil, com alta demanda na região.
Além das novas vagas ofertadas, o município promete seguir atendendo em tempo integral os estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental matriculados na escola.
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