Mercosul, UE e a vitória do multilateralismo
Ainda que a conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE) não garanta que o tratado se torne realidade, uma vez que há um longo caminho à frente, da revisão até a aprovação pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu, já é possível traçar vencedores e derrotados. Tudo indica que o tratado será confirmado hoje. Alguns pontos a se observar:
a) Javier Milei muito ladra, mas não morde. Essa já era uma percepção na COP29, em Baku, quando ele retirou a delegação argentina da conferência para criar fato político, mas a ação em nada interferiu no documento final. No G20, o normalmente "bravo" Milei poderia ter se recusado a assinar o texto final que trazia pontos rejeitados por sua agenda "ultraliberal", mas, de novo, saiu quieto. Embora despreze o Mercosul, sabe que ruim com ele, pior sem ele.
b) Emmanuel Macron, presidente da França, o mais vocal dos líderes europeus contrários ao acordo com o Mercosul, perde a batalha. Seguirá buscando apoio de parceiros europeus até a ratificação do tratado, mas, neste momento, tem problemas domésticos demais para se preocupar.
c) Em última análise, diante de um mundo mais isolacionista, em que instituições internacionais são questionadas sobre sua efetividade, a união de dois grupos de países que encarnam o ideal liberal pós-Guerra Fria (ao menos em tese, com livre circulação de pessoas, bens e capital), a se concretizar, será uma vitória do multilateralismo. _
Ahn enfrenta os fuzis
A fracassada tentativa de golpe na Coreia do Sul produziu imagens icônicas, como a de uma manifestante que, indignada diante de militares enviados para barrar a entrada do público no parlamento, colocou a mão sobre o fuzil de um dos militares, gritou e o empurrou. Ela se chama Ahn Gwi-ryeong.
- Houve pessoas que conseguiram até parar blindados. Então, não acho que minhas ações foram particularmente especiais - disse Ahn à agência de notícias Reuters.
Ela é jornalista e trabalha como porta-voz do Partido Democrata, oposição ao governo de Yoon Suk-yeol, o presidente que decretou lei marcial e que, agora, virou alvo de impeachment. _
R$ 8,5 milhões para projetos de resiliência climática
A divulgação do projeto ocorreu ontem, durante cerimônia de abertura do 66º Fórum Nacional do Conselho Nacional de Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), em Porto Alegre. Detalhes sobre a seleção pública das propostas serão conhecidos nos próximos dias, quando será publicado o edital de inscrições.
A chamada das propostas é voltada para empresas, organizações da sociedade civil, terceiro setor, universidades, entre outros. As soluções inscritas devem estar dentro do tema: "Adaptação climática em Ação: Natureza como Aliada" e "Ciência para a Adaptação Climática: Desvendando o Potencial da Natureza". Também necessitam ter envolvimento em ao menos um dos municípios atingidos pela enchente ou próximo deles.
A edição da Teia de Soluções - Resiliência Climática para o Rio Grande do Sul é uma iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, o RegeneraRS, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul e a Fundação Araucária, com apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná. _
Encontro entre um rabino e um futuro cardeal
Em Roma, Guershon encontrou-se ontem com dom Jaime, que está hospedado no Colégio Pio Brasileiro, espécie de "casa" dos bispos brasileiros na capital italiana.
O encontro, a pouco mais de 48 horas da cerimônia de "posse" de dom Jaime como cardeal, foi cercado de emoção.
O rabino o presenteou com a Torá, o livro sagrado do judaísmo, em português e hebraico. Recebeu do arcebispo o convite para cerimônia no Vaticano.
- Queria ter esse momento de tranquilidade, fora do protocolo, informal, entre amigos - contou Guershon à coluna.
O rabino lembra que esteve na posse de dom Jaime como arcebispo, em novembro de 2013.
- Agora é uma honra para este rabino estar em sua posse como cardeal no Vaticano. É uma amizade de mais de uma década, construída com base no diálogo inter-religioso, que acabou transcendendo para uma amizade entre duas pessoas que têm um afeto enorme - acrescentou.
Segundo Guershon, dom Jaime lhe disse que "ainda não caiu a ficha".
Dupla alegria
- Agora, tenho o livro autografado pelos dois autores. É uma honra - comemorou.
A Federação Israelita do Rio Grande do Sul (Firs) foi a vencedora do Prêmio Vakinha Protagonistas, que reconheceu iniciativas realizadas por meio da plataforma. Durante a chuva de maio, a Firs realizou campanha de arrecadação de recursos chamada "Comunidade Judaica pelas Vítimas das Enchentes no RS".
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