sexta-feira, 27 de dezembro de 2024



27 de Dezembro de 2024
POLÍTICA - Rosane de Oliveira

Tragédia criou oportunidade para investir em prevenção

Parece ironia, mas a pior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul será também a responsável por um volume de investimentos sem precedentes. Com a confirmação da abertura do crédito extraordinário de R$ 6,5 bilhões pelo governo federal para o Fundo de Reconstrução, o Estado vai fazer investimentos que se sabia necessários há muitos anos, mas que só foram viabilizados pela enchente de maio. Foi preciso que os municípios da Região Metropolitana ficassem debaixo d?água para os governos desengavetarem projetos que se considerava perdidos por decurso de prazo.

Tome-se o caso do sistema de proteção contra as cheias de Eldorado do Sul e dos municípios da região do Arroio Feijó. Os anteprojetos são do tempo do governo Dilma Rousseff. Foram abandonados no governo de Michel Temer, porque não cabiam no teto de gastos, e ignorados solenemente na gestão de Jair Bolsonaro. O próprio presidente Lula não incluiu entre as prioridades no primeiro ano de mandato. Foi preciso uma enchente devastadora para provar que prevenir é melhor do que remediar.

As obras serão realizadas com dinheiro da União sob gestão compartilhada dos governos estadual e federal. Os primeiros editais para contratação das obras (com o projeto executivo) devem ser publicados no primeiro semestre de 2025.

Mas não estamos falando somente dos R$ 6,5 bilhões. Com o adiamento do pagamento da dívida por três anos, o Estado terá dinheiro como nunca teve para investir. Esses R$ 14 bilhões são carimbados para a reconstrução, mas o conceito é elástico. Vai da compra de aeronaves para as forças de segurança pública à duplicação da ERS-118, entre Gravataí e Viamão.

Não se pode aceitar remendos

Com tanto dinheiro, a reconstrução precisa ser feita em outro patamar. Não se pode aceitar remendos que ali adiante terão de ser refeitos. Se é consenso que a crise deve ser vista como oportunidade, 2025 é o ano para Leite e Lula mostrarem que estão acima das disputas políticas e trabalharem juntos pela recuperação plena do Rio Grande do Sul. _

PT exalta Lula e provoca Leite em avaliação de 2024

Um relatório de 21 páginas sintetiza a avaliação dos deputados estaduais petistas sobre o ano de 2024. A maior parte do material reúne críticas à gestão de Eduardo Leite, ao mesmo tempo em que exalta as ações de atendimento do governo federal ao Rio Grande do Sul após a enchente de maio.

Sob o título "O presidente Lula veio ao Rio Grande e o dinheiro chegou", os parlamentares afirmam que os valores anunciados pela União "ultrapassam R$ 112 bilhões". Após um panorama das ações federais, os deputados questionam: "O que seria do Rio Grande sem o governo Lula?".

O mote antecipa as críticas ao governo Leite.

- No momento em que nós mais precisamos de um governador, o que nós recebemos foi uma tentativa de candidatura presidencial. Não é exagero dizer que Lula governou o RS - afirmou o deputado Miguel Rossetto. 

Oito partidos vão compor governo em Caxias do Sul

Dos 11 partidos que conquistaram uma cadeira no legislativo caxiense, seis estarão na base governista. Eles estarão representados por 11 vereadores, a mesma quantidade que terá a oposição - a exceção é o PSD, que se declara neutro. _

Sem mudanças na Procempa

PL indica mais de 80 nomes para prefeitura

Partido da vice-prefeita eleita Betina Worm, o PL entregou ontem sua lista de indicações para cargos na prefeitura de Porto Alegre, com mais de 80 nomes. A legenda já garantiu duas secretarias, a da Educação e a do Desenvolvimento Econômico. O presidente municipal da sigla, Luciano Zucco, diz que está negociando uma terceira e que, no final, poderá ganhar uma quarta. _

Gabriel Souza será governador até o dia 16 de janeiro

Será na condição de governador do Rio Grande do Sul - e com muito trabalho - que o vice, Gabriel Souza, comemorará seus 41 anos no dia 2 de janeiro. A agenda do primeiro dia útil de 2025 já está completamente lotada. Gabriel assume o cargo hoje e permanece até 16 de janeiro, já que Eduardo Leite emendará o feriadão de Ano-Novo com as férias. _

POLÍTICA

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