sábado, 28 de dezembro de 2024


Verba para obras de prevenção contra cheias já está na conta

Os R$ 6,5 bilhões do governo federal para as obras de prevenção às cheias no Rio Grande do Sul caíram na conta do Fundo de Apoio à Requalificação e Recuperação de Infraestruturas devido a Eventos Climáticos Extremos na sexta-feira. O presidente Lula deu caráter de solenidade ao ato de liberação do crédito pelo ministro das Cidades, Jader Filho, na presença dos ministros da Secretaria da Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Em seu perfil no Instagram, Lula postou vídeo no qual ele, Pimenta e Jader destacam o cumprimento de uma promessa feita à época da enchente, de garantir os recursos necessários para obras que evitem nova tragédia no Estado. O vídeo destaca as cidades que serão beneficiadas com obras de prevenção. Na postagem, o governador Eduardo Leite comentou e agradeceu: "Importante encaminhamento para o RS, que irá viabilizar investimentos fundamentais para a resiliência do Estado. Obrigado, presidente!".

O depósito encerra um período de temor entre os políticos gaúchos de que o dinheiro não fosse liberado antes do dia 31 de dezembro, quando vence o decreto que declarou o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul. A quatro dias do final do ano, o dinheiro entrou na conta.

Onde será aplicado

A maior parte dos recursos, da ordem de R$ 2,5 bilhões, será aplicada nas intervenções dos diques, além de bacias de amortecimento e casas de bombas nos municípios de Porto Alegre e Alvorada (Arroio Feijó). Além disso, serão investidos R$ 1,9 bilhão nas obras em diques na região da Bacia do Rio dos Sinos.

Os recursos também serão aplicados em intervenções na Bacia do Gravataí, em Eldorado do Sul, em São Leopoldo e em municípios da Bacia do Caí - Montenegro, São Sebastião do Caí, Harmonia e Pareci Novo, entre outros. O fundo ainda reserva R$ 533,2 milhões para atividades acessórias e complementares. _

PSDB reage às críticas do PT

A entrevista de deputados do PT com críticas ao governador Eduardo Leite incomodou o PSDB gaúcho. Em nome da bancada na Assembleia, o deputado Professor Bonatto divulgou nota dizendo que "o Estado do Rio Grande do Sul tem governo". A afirmação é uma resposta à frase de Rossetto, dizendo que o presidente Lula governou o Rio Grande do Sul durante a enchente.

É fato que o maior volume de recursos veio da União, mas, desde que Lula nomeou Paulo Pimenta ministro da Reconstrução, os tucanos reclamam de uma tentativa de intervenção do PT no Estado. Nas manifestações oficiais, Leite, Pimenta e Lula sempre falaram em união, mas nos bastidores os ataques de parte a parte eram constantes.

De um lado, Pimenta reclamava da ingratidão de Leite. De outro, o governador não escondia o desconforto com a tentativa do governo federal de excluí-lo das decisões.

A situação se agravou nos últimos dias, quando Leite, nos balanços do ano, minimizou o papel do governo federal, dizendo que veio ajuda, mas menor do que os ministros alardeiam. _

Casamento de Neuza e Collares foi mediado por uma freira

Não foram as filhas de Neuza Canabarro, Celina e Helena, que convenceram a mãe a realizar o último desejo do ex-governador Alceu Collares, o casamento religioso. A verdadeira mediadora do último ato da vida de Collares foi a irmã Mareni Giaretta, que oferece conforto espiritual e acolhimento aos pacientes. A coluna errou ao dar o crédito às filhas e a ex-primeira-dama pediu um reparo.

Quando fez 90 anos, Collares disse à irmã Mareni que o maior presente que poderia ganhar era o casamento religioso. À época, porém, Neuza resistiu.

- Quando o vi nessa situação (sedado), lembrei do pedido e comentei com a Helena que eu tinha essa dívida com ele - conta a religiosa.

Irmã Mareni se encarregou de montar um altar. A cuidadora e uma técnica de enfermagem decoraram o quarto da UTI com fitas de cetim. O frei Hélio Dalla Costa, capelão do Hospital Mãe de Deus, oficiou o casamento. Para surpresa da irmã Mareni, acostumada a acompanhar pacientes em estado terminal, Collares abriu os olhos no início da cerimônia, com Neuza segurando a mão dele e com um buquê na outra mão. _

Articulação na festa de Natal

Em família que tem um deputado federal e outro estadual, até a festa de Natal tem espaço para o debate político. Foi o que ocorreu com os irmãos Luciano (deputado federal pelo PL) e Rodrigo Zucco (deputado estadual pelo Republicanos).

Rodrigo, que concorrerá à reeleição, seguirá no Republicanos, mas trabalha para garantir que o partido esteja na aliança encabeçada pelo irmão.

O projeto é ter Luciano candidato a governador, com Silvana Covatti (PP) de vice e o deputado federal Marcel van Hattem (Novo) concorrendo a uma das vagas do Senado. A outra, inicialmente projetada para o deputado Sanderson, ficaria disponível para a entrada de mais um partido na coligação. 

mirante

O Partido Novo, que tradicionalmente rejeita cargos em governos de outras legendas, terá um secretário em Porto Alegre: o ex-deputado Giuseppe Riesgo vai assumir a pasta de Parcerias. Riesgo concorreu a prefeito de Santa Maria, mas não conseguiu chegar ao segundo turno.

O prefeito Sebastião Melo também confirmou a permanência de outros três secretários: Cezar Schirmer no Planejamento, Luiz Otávio Prates na Comunicação e André Flores nas Obras.

POLÍTICA E PODER 

Nenhum comentário: