segunda-feira, 30 de dezembro de 2024



30 de Dezembro de 2024
ACERTO DE CONTAS - Giane Guerra

Esta coluna contém informação e opinião

Varejo e serviços puxam largada

A atividade econômica gaúcha começou o último trimestre de 2024 com avanço, crescendo em outubro pelo segundo mês consecutivo. O Índice de Atividade Econômica Regional do Rio Grande do Sul (IBCR-RS), calculado pelo Banco Central e considerado uma prévia do PIB, subiu 0,20% na comparação com setembro. O patamar de 143,86 pontos, porém, ainda fica abaixo de julho.

Em um ano com previsão de safra cheia após estiagens, mas em que se enfrentou uma enchente no Rio Grande do Sul, como os setores econômicos começaram o último trimestre? Veja os dados:

Indústria

A produção industrial no Rio Grande do Sul teve queda de 1,4% na comparação com o mês anterior, setembro. Alternando resultados positivos e negativos nos últimos quatro meses, a indústria gaúcha registrou em outubro a queda mais intensa do país. Produtos do fumo; químicos; e celulose, papel e produtos de papel contribuíram. Com os dados de outubro, a produção industrial está 1,1% acima do pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas 13% abaixo do recorde, de setembro de 2008. Em 12 meses, o acumulado fica em -0,9%.

Varejo

Já o volume de vendas do comércio varejista gaúcho subiu 0,2% na comparação com setembro. Com esse resultado, o setor renova o recorde da série histórica no Estado. O acumulado de 12 meses traz alta de 7%. No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas subiu 1,8% em outubro e 7,3% em 12 meses.

Serviços

O volume de serviços no Rio Grande do Sul cresceu 5,1% frente a setembro. Com o resultado, o setor se encontra 9,1% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 11% abaixo de abril de 2014, que foi o ponto mais alto da série histórica. O acumulado dos últimos 12 meses fica negativo em 6,4%. _

Restauro do Chalé

Funcionando como bar e restaurante desde 1911, o Chalé da Praça XV, no Centro Histórico, passará por uma grande reforma de R$ 6,854 milhões. O orçamento foi liberado pelo governo federal pela Lei de Incentivo à Cultura (LIC) e já publicado no Diário Oficial da União (DOU). As empresas interessadas investem e, depois, abatem nos impostos, com contrapartidas, com a exposição da marca no local.

- Já temos 28 interessadas em patrocinar o restauro. A região tem muita visibilidade - diz Edemir Simonetti, que está na gestão do negócio desde 2001.

O complexo do Chalé da Praça XV é tombado pela prefeitura de Porto Alegre como patrimônio histórico. Sua estrutura foi bastante atingida pela enchente. A ideia é retomar atividades culturais no espaço, como exposições, apresentações e manifestações artísticas.

O empresário quer fazer o projeto em janeiro, iniciar a obra em março e finalizá-la em seis meses. Já busca por ideias novas.

- Vou viajar, pensar o que podemos criar. Penso em ampliar o mix de produtos, colocar uma hamburgueria e uma pizzaria no complexo. O Centro mudou, mudou o público. Tem muito turista - diz, com a intenção de aumentar o movimento no final de tarde e à noite.

Dos outros empreendimentos de Edemir Simonetti, que também é diretor do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região (Sindha), o 360 Poa Gastrobar, que fica acima do Guaíba, tem recebido bastante dedicação do empresário.

- Fiz um jardim para encantar os clientes. Temos que estar vivos, até para compensar como ficou a Orla. A obra da prefeitura vai demorar, mas logo tem a reabertura da Usina do Gasômetro e já ajuda - avalia.

O Guapo Gastronomia também vai bem, com a retomada do movimento dos hotéis. Já o Bistrô do Margs aguarda a reforma do Museu de Artes do RS (Margs) para buscar patrocínio. Quanto ao Baruno, quase destruído na Orla, dependerá da obra da prefeitura para reabrir. _

Ainda em reestruturação, a cooperativa Piá, de Nova Petrópolis, quer elevar dos atuais 82 mil para 200 mil litros de leite captados por dia em 2025 para fabricar derivados como queijos e iogurtes. Antes da crise, eram 240 mil litros. Para isso, é preciso reconquistar fornecedores que perdeu por falta de pagamento. A Piá tem 160 produtores, mas já teve 800, diz o presidente Jorge Dinnebier.

Entrevista - Írio Piva - Presidente da CDL POA - Indústria gaúcha de borracha duplica fábrica no ES

O objetivo é atender encomendas com mais rapidez. A ida para o Estado foi para estar mais perto dos clientes das regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste. O quadro de funcionários sobe para 50 pessoas, informa o executivo de Marketing Jandrei Goldschmidt.

Fundada em 1975, a Unique fabrica produtos de borracha e atua na recapagem de pneus. Tem as marcas próprias Tipler e Borex. _

ACERTO DE CONTAS

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