05
de agosto de 2013 | N° 17513
PAULO
SANT’ANA
Água na
ponte
Grande
primeiro tempo do Grêmio no Gre-Nal. Senhor das ações, teve 60% do jogo em seu
domínio, todas as estatísticas constataram isso. Na primeira etapa, repito.
Renato
acertou em cheio ao optar por três zagueiros centrais. Infelizmente, Adriano
levou um cartão amarelo e Renato decidiu substituí-lo para prevenir uma
provável expulsão. Afinal, a função do jogador é de choque.
Uma
pena, porque nunca nos últimos tempos me senti tão seguro com a exatidão do
Grêmio em sua dinâmica de jogo, que levou até o jogador Pará a acertar os
passes. Se Alex Teles um dia vier a acertar os passes, todo o time acertará.
Paradoxalmente,
se deu certo a decisão de Renato em jogar com três zagueiros centrais, pois não
é que Damião estava sozinho, sem marcação de nenhum dos três zagueiros, na
jogada que empatou o clássico!
Vai
entender o futebol!
Se,
pela ausência de Vargas e Zé Roberto, todos consideravam o Inter favorito, por
esse lado o Grêmio foi bem-visto pelas análises.
Só
que o empate acabou péssimo para o Grêmio com vistas à tabela e ótimo para o
Internacional, que flutuou na zona de G-4.
Pela
terceira vez consecutiva, Renato disse após o jogo que recém o campeonato está
começando, muita água vai rolar por baixo da ponte. Nada disso. Se o Renato não
sabe, o Grêmio está quase se despedindo da possibilidade de vir a ganhar o
título. E a preocupação gremista está justamente para onde o Renato indica: o
Grêmio está se despedindo da possibilidade de título porque há muita água para
rolar debaixo da ponte.
A
água que já rolou debaixo da ponte é que tira do Grêmio a possibilidade de vir
a ser campeão (quando é que o Grêmio vai ganhar fora, por exemplo?).
O
Internacional, ao contrário: se mantém numa zona da tabela que o credencia para
ser campeão.
Uma
vez já falei o mesmo aqui nesta coluna. Ontem, houve várias decisões polêmicas
da arbitragem no Gre-Nal, principalmente nas expulsões.
Em
todas elas, o Batista, comentarista da RBS TV na partida, sempre não deu razão
ao lado gremista, ou seja, só deu razão ao lado colorado.
É
demais. E já faz tempo isso. Chega a ser desrespeitoso com a instituição da
imparcialidade.
Em
todas as opiniões, nunca dar razão a um lado, semanas após semanas, é
revoltante.
Com
uma cara de pau impressionante, Dunga declarou após o jogo que observa a lei.
Se a lei manda que ele divulgue a escalação de seu time com 45 minutos antes do
jogo, ele cumpre.
Só
que ontem, desafiadoramente à lei, Dunga não divulgou a escalação do Inter com
antecedência. A imprensa só foi saber quando o time entrou em campo.
E
com que coragem faltosa Dunga declarou que cumpre a lei.
Só
se se cumpre a lei desobedecendo-a acintosamente.
Falsa
malandragem. Será punida ou todos têm direito a essa agressão à norma?
Nenhum comentário:
Postar um comentário