Gabriel Souza trabalha para manter controle sobre o MDB
Papai Noel na AL - Risco eleitoral
Está sendo embrulhado na Assembleia Legislativa mais um pagamento de supostas perdas referentes à implantação da URV, em 1994. Como todo o passivo já foi quitado, agora descobriram um suposto erro no cálculo dos juros.
O presente deve chegar na virada do ano ao bolso dos servidores da Casa. Para 2025, a ideia é criar um auxílio-saúde de R$ 800 para cada funcionário e de R$ 1,2 mil para os deputados.
Anda rápido o processo que pode anular os votos da Comandante Nádia (PL), reeleita para o terceiro mandato na Câmara de Vereadores da Capital.
Na sexta-feira, serão ouvidas as testemunhas de defesa, penúltima fase antes do veredito. Nádia corre risco de ter o registro cassado por comparecer a uma inauguração oficial durante a campanha, expediente vedado pela lei eleitoral. Ela nega qualquer ilegalidade. _
Recebido aos gritos de "uh, terror, Gabriel governador" no 20º acampamento de verão da Juventude do MDB, sábado, em Tramandaí, Gabriel Souza transformou o ato em mais um degrau na escadaria de sua candidatura ao Palácio Piratini em 2026.
Nas últimas semanas, Gabriel foi surpreendido por uma movimentação precipitando o nome do prefeito reeleito de Porto Alegre, Sebastião Melo, ao governo do Estado.
As intrigas levaram Eduardo Leite a redobrar cuidado com a sucessão, projetando a necessidade de eventual candidatura alternativa dentro da base governista. Gabriel agiu rápido para demonstrar a Leite que domina o MDB e é capaz de liderar uma aliança que defenda o legado da atual gestão.
Nos 18 dias em que esteve como governador em exercício, Gabriel percorreu o Interior para se reaproximar da base, jantou com parte da bancada na Assembleia e fez questão de receber Melo com mesuras no Palácio Piratini, ocasião em que exigiu prioridade aos pedidos do alcaide. O prefeito tampouco passou recibo e saiu da reunião convidando Gabriel para jantarem camarão qualquer dia desses.
Gestos e palavras medidas
Gabriel sabe que precisa de maior exposição para se reafirmar como candidato a governador, mas só vai botar o bloco na rua no segundo semestre de 2025. Seu principal trampolim são os R$ 10 bilhões que o Estado tem para investir nos próximos dois anos.
Embora tenha desabafado que precisaria de três governos para acomodar todos os pedidos do partido, o vice tem medido os gestos e as palavras. Ciente de que o sucesso de sua empreitada depende de não deixar a onça com fome nem o cabrito morrer, repete a postura do presidente americano Calvin Coolidge, segundo o qual "quem fica calado nunca volta atrás". _
Reforço no orçamento
O Ministério Público Estadual quer usar parte do Fundo de Bens Lesados, cofrinho onde entra o dinheiro obtido em multas e acordos extrajudiciais impostos pelos promotores. Em geral, esse recurso é destinado a entidades ou populações vulneráveis, mas o MP quer usar 20% no reaparelhamento da própria instituição, conforme projeto prestes a ser votado na Assembleia Legislativa.
Atualmente, há R$ 123,5 milhões em caixa. _
Sucessão asfaltada -Vitrine do agro
Após três mandatos de deputado estadual e mais três de federal, Márcio Biolchi (MDB) está disposto a não concorrer em 2026 e migrar para a iniciativa privada. De olho nos votos do colega de partido, o secretário de Transportes, Juvir Costella, que já asfalta a candidatura. _
Jair Bolsonaro estará em Santa Rosa na sexta-feira. O ex-presidente chega ao RS na véspera, pernoita em Santo Ângelo e no dia seguinte visita a Fenasoja. O objetivo é exibir vigor político, sobretudo junto ao agro, em meio à investida judicial por participação na trama golpista. _
A Justiça reafirmou a proibição à prefeitura de Erechim de licitar o serviço de água e esgoto sem antes indenizar a Corsan. A conta supera R$ 200 milhões.
Supersalários na prefeitura de Bagé
Curto-circuito - Lupa nos gastos
Autor de projeto de lei que retira tomadas das prisões, o delegado Zucco (Republicanos) está possesso com o Piratini por ter enviado texto idêntico à Assembleia Legislativa sem reconhecer a origem da iniciativa. _
O Tribunal de Contas e a Defesa Civil começam a fiscalizar nos próximos dias o emprego dos R$ 180 milhões repassados a 95 municípios em calamidade pública após a enchente de maio. O dinheiro foi doado pelo Judiciário. _
Com uma dívida consolidada de R$ 366 milhões, sendo mais da metade já empenhada e com vencimento a curto prazo, a prefeitura de Bagé promoveu o pagamento de supersalários nos últimos anos.
Contracheques de seis dígitos eram embasados em pareceres jurídicos agora sob análise no Tribunal de Contas do Estado.
Em agosto, por exemplo, um oficial administrativo com salário-base de R$ 1,2 mil recebeu R$ 222 mil brutos (R$ 215 mil líquidos).
Boa parte do recurso era paga a título de licença-prêmio, cujo desembolso passou de R$ 277 mil em 2021 para R$ 1,3 milhão em 2022, R$ 3,2 milhões em 2023 e R$ 3,9 milhões neste ano.
Prestes a assumir o comando do município, Luiz Mainardi (PT) já pediu uma auditoria na folha de pagamento.
Atualmente, os gastos com pessoal consomem 68,89% da receita corrente líquida, muito acima dos 54% permitidos pela legislação.
Após a renúncia do prefeito Divaldo Lara (PRD), mês passado, o vice Mario Mena disse que demitiria 300 dos 357 CCs, mas cerca de 150 ainda seguem trabalhando. _
POLÍTICA E PODER
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