sexta-feira, 11 de maio de 2012



11 de maio de 2012 | N° 17066
INTER

Fluminense tira Inter da Libertadores

A tentativa de o Inter obter conquistas internacionais por sete temporadas consecutivas chegou ao fim ontem, quase à meia-noite, no Engenhão. Com a derrota por 2 a 1 para o Fluminense, a Libertadores para o Inter resumiu-se às oitavas de final. Como em 2011. O Flu pega o Boca nas quartas. Ao Inter, o Gauchão surge como prêmio de consolação domingo.

Ojogo do Rio representaria o final de Libertadores para um dos dois brasileiros. Então, Inter e Flu trataram de fazer um jogo digno de final de campeonato. Em alta na cidade (após a goleada de 4 a 1 sobre o Botafogo na primeira partida da final do Carioca), a torcida do Fluminense considerava-se favorita. Mas havia um temor no ar: e se o Inter fizesse um gol? Bem, aí, o 0 a 0 do Beira-Rio não serviria de nada para o time de Abel Braga. Empate com gols classificaria o Inter.

Aos 13 minutos, o homem dos tribunais, Oscar, encontrou Leandro Damião na entrada da área. O camisa 9 armou o chute e acertou o canto esquerdo de Cavalieri. Enquanto Damião correu enlouquecido rumo aos braços de Dorival Júnior, pulando estrelinhas, a alegria carioca transformava-se em pesadelo.

Mas na tarde de quarta-feira, mais da metade do treino de Abel foi dedicado a cobranças de faltas. Frontais e laterais. Dois minutos após o gol de Damião, Thiago Neves cobrou falta para a área, a defesa parou, e Leandro Euzébio, impedido, empatou. O 1 a 1 ainda classificava o Inter.

Os gaúchos seguiam bem. Dátolo e Oscar perderam boas chances. O primeiro tempo passou voando, mas ainda não havia acabado quando Fabrício cometeu falta no bico esquerdo da área. Thiago Neves agradeceu. O gol da virada do Flu foi quase replay do primeiro. Fred desviou para o gol – com nova falha da defesa na bola área. A boa acústica do Engenhão fez com que a explosão da torcida do Fluminense transformasse o campo em um impressionante paredão sonoro.

– Estávamos melhor na partida, mas tomamos dois gols de bola parada – reclamou Tinga, no intervalo.

Mesmo em desvantagem, o Inter estava a um golzinho da vaga. A intensidade ofensiva voltou apenas a partir dos 15 minutos, quando Jajá entrou no lugar de Dátolo. Oscar, Damião e Jajá chegaram a perder oportunidades, Fred respondeu errando o cabeceio que definiria a classificação.

Aos 25, Dorival sacou Guiñazu e mandou Dagoberto a campo. Era preciso voltar à pressão. A torcida local, cada vez mais certa da vaga entoava o cântico “Neeeeenseeee, Neeeeeenseee”, e o tempo passava. Aos 35, a hora do tudo ou nada: Jô substituiu Tinga. Dagoberto encobriu Cavalieri, mas a bola subiu demais e saiu. Aos 41, Damião chutou para fora. O desespero já tomava conta dos colorados.

leandro.behs@zerohora.com.br

Nenhum comentário: