28
de maio de 2012 | N° 17083
PAULO
SANT’ANA
Era para ser a segunda vitória
O Grêmio
foi melhor que o Palmeiras, tanto que até pênalti errou, vencendo apesar disso.
Afinal, Luxemburgo vai ou não treinar cobranças de pênaltis? Já são dois pênaltis
gremistas desperdiçados no Campeonato Brasileiro, e não temos time assim tão
notável que possa perder um pênalti por jogo.
Tudo
indica que se Luxemburgo não tivesse poupado aqueles quatro titulares contra o
Vasco, o Grêmio estaria no topo da tabela do Brasileirão, à frente do
Internacional, que se safou muito bem daquela derrota parcial de 3 a 1 para o
Flamengo por um milagroso 3 a 3.
Acredito
que tenha sido um deslize intelectual do Luxemburgo, ele não vai poupar mais
titular algum no Brasileirão.
Mas
deu para ver que o Palmeiras não é imbatível para estes dois jogos da Copa
Brasil que virão contra o Grêmio, embora com Valdívia inteiro e não descontado
fisicamente como ontem no segundo tempo, Luiz Felipe venderá caro a
desclassificação frente ao seu ex-clube.
Com
Valdívia o Palmeiras é mais caro.
Aos 30min
do segundo tempo, Luxemburgo tirou Marcelo Moreno e botou em campo um volante,
Vilson, para garantir o 1 a 0. Quando o Celso Roth, o Cláudio Duarte, todos os
treinadores gaúchos faziam isso, retrancando-se para garantir resultado, nós
criticávamos.
Pois
agora o mestre Luxemburgo fez o mesmo.
E
deu certo, graças a Deus que deu certo. Se o Palmeiras tivesse empatado no
final, os céus desabariam sobre Luxemburgo.
Vão
morrendo os amigos, todas as semanas morre um amigo, não passa mês sem que a
gente próprio deixe de perder tamanho, deixe de perder essência pela morte dos
amigos.
Vão-se
de repente, como um dia irei eu próprio, desaparecem do nosso convívio,
brutaliza-nos não poder mais estar com eles, parece que fragmentos nossos
partem junto com eles, a vida vai perdendo um pouco da sua razão. Vão-se os
amigos e as amigas como as folhas amarelas de outono vão caindo e desaparecendo
entre as árvores.
Vão-se.
Foi mais uma amiga, morreu na semana passada Ema Lúcia Cestari Basso. Era minha
amiga e era minha confidente. Alta funcionária da RBS, a quem serviu durante décadas,
morreu como um pássaro com certeza, em paz, como era seu jeito sereno de dizer
as coisas.
Tinha
defeitos iguais aos meus, comia demais à mesa, assim como eu comia antes de ter
câncer. Fumava muito, como eu. E principalmente comia muitos doces, assim como
devoro doces apesar de meu diabetes.
Mas
me deixou uma grande saudade esta amiga discretíssima, bem-humorada, querida. Deus
a acolherá em sua estalagem.
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