19
de maio de 2012 | N° 17074
PAULO
SANT’ANA
Um desaparecimento
doloroso
Há mulheres que fingem que amam seus maridos.
Mas
há também mulheres que amam seus maridos e fingem que não amam.
Depois
de alguns anos casadas, muitas mulheres deixam de amar e ser amadas pelos seus
maridos mas mantêm o casamento servindo apenas de funcionárias de seus esposos.
Há
tempo venho notando um fenômeno extraordinário: todas as pessoas destacadas e
cultas que encontro referem-se a suas mulheres como “minha mulher”.
Já
as pessoas incultas, entre elas muitos operários com quem convivo, se referem a
suas mulheres como “minha esposa”.
É
tanta a dor e o desespero do senhor Rodrigo Veloso de Freitas pelo
desaparecimento de sua esposa, Cristiane Oliveira de Oliveira, têm sido tão
grandes os esforços dele junto à polícia e outros órgãos para encontrar sua
mulher, que me comovi com sua aflição e vou colocar hoje em minha coluna as
fotografias da desaparecida.
Ela
desapareceu no dia 27 de outubro do ano passado, por volta das 15h30min, no
trajeto entre os bairros Lajeado e Restinga.
Quando
desapareceu, Cristiane tripulava uma bicicleta branca, vestia um camisa de cor
branca, calça legging preta e boné cor de laranja.
Ela
tem uma filha de sete anos que está desconsolada com o desaparecimento de sua
mãe.
O
marido já destacou pessoas para procurar nos matos, alugou um helicóptero para
tentar localizá-la, peregrinou pelos órgãos de imprensa para divulgar o fato,
mandou fazer 100 mil fôlderes com fotos e pequeno relato do fato, oferecendo a
recompensa de R$ 25 mil, sabe lá com que sacrifício ele pagaria, para
incentivar a população a mandar informações – e nada.
Por
isso, na esperança de que esta senhora esteja viva em algum lugar, estou
publicando suas fotos na minha coluna hoje:
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