Jaime
Cimenti
Para entender e beber vinhos
Certamente
em nenhum outro momento da história da humanidade existiu uma variedade tão
grande de vinhos de qualidade: desde os grand crus da Borgonha, passando por
chilenos e argentinos respeitáveis, cabernets californianos notáveis e, claro,
sempre chegando nos prestigiados champanhes cuvées e aos nobres madeiras, os
consumidores mais ou menos enófilos não podem ser queixar.
As
matérias sobre vinhos publicadas em jornais, revistas e livros demonstram que
as pessoas querem, além de degustar as bebidas, entender mais e mais sobre o
assunto, que é milenar, inebriante e infinito. 1001 Vinhos para beber antes de
morrer (Sextante, 960 páginas), com edição-geral de Neil Beckett, editor da
revista The World of Fine Wine, publicada em mais de 35 países e considerada a
melhor publicação do gênero, tem prefácio do jornalista inglês Hugh Johnson, um
dos maiores especialistas em vinhos do mundo. A edição atualizada, ricamente
ilustrada com fotos de vinhedos, garrafas e rótulos, vai agradar aos iniciados
e aos novatos.
Dentre
milhares de bons vinhos do planeta, a publicação selecionou 1001 e os resenhou
com cuidado, apresentando dados de origem, características e cepa. Todas as
resenhas estão acompanhadas pelas fotos dos rótulos e por indicações de preços
dos vinhos.
No
prefácio, Hugh Johnson escreveu que a seleção da obra inclui desde novas
descobertas até garrafas tão excepcionais que seguem fazendo história após meio
século e que, mesmo sem conseguir degustar todos os vinhos, é preciso começar.
Na
introdução, Neil Beckett convida os leitores a completar a seleção de vinhos e
explica que o intuito do livro publicado não é só indicar boas compras mas,
também, proporcionar prazer aos consumidores e expressar, de modo especial,
coisas essenciais sobre povos, lugares e momentos.
Ou
seja, o convite não é apenas para beber os vinhos, mas também para falar sobre
eles e sobre suas origens. A obra menciona um espumante brasileiro, o Terroir
Nature, de 2009, da Cave Geisse, vinícola de Pinto Bandeira, cidade que tem a
honra de fazer fronteira com a gloriosa Bento Gonçalves.
O
livro tem índice por região de origem, com os devidos países, e tem capítulos
específicos sobre espumantes, tintos, brancos e fortificados. Glossário, índice
de produtores e de preços, bem como rol dos 52 colaboradores, completam o
volume. Iniciantes e connaisseurs vão descobrir o que há de mais irresistível
no mundo do vinho e aguçar ainda mais os seus sentidos. As resenhas têm caráter
mais informativo e, na maioria, não apelam para aquele palavrório exagerado de
uns enochatos que andam por aí.
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