07
de julho de 2014 | N° 17852
DIONE
KUHN
Escassez de ideias no embate
inicial
Tudo
bem que foi o primeiro debate, todos os candidatos queriam se apresentar. O
objetivo era dar o primeiro recado ao eleitor. Mas, se essa for a tônica da
campanha, o prejudicado será o cidadão. Nenhuma proposta concreta, viável ou
inovadora foi apresentada. Apenas promessas e discursos genéricos. Pelo menos,
ficaram evidentes as estratégias dos principais candidatos. A elas:
Ana
Amélia - Evitou as críticas ao governo de Tarso, seu principal adversário no
momento, tentando passar para o eleitor a imagem de que está acima de partidos
e picuinhas, preocupada com a gestão do Estado. Falou muito em melhorar a
qualidade da educação, mas não disse de que forma.
José
Ivo Sartori - Reforçou o discurso de que irá governar para todos e não só para
um partido. Quer ser uma espécie de terceira via, driblando a polarização e a
troca de acusações entre Ana Amélia e Tarso. Esse confronto, por enquanto, não
ocorreu.
Roberto
Robaina - Cumpriu o papel de sempre, o de agitar o debate. Colocou Ana Amélia
como a candidata do neoliberalismo e Tarso, como o do continuísmo. Ao longo da
campanha, ficará claro, como em eleições passadas, que as críticas serão mais
leves para o PT e mais pesadas para os demais.
Tarso
Genro - Por estar no governo, evidentemente foi o mais atacado. E assim será
até o fim. Tentou levantar a autoestima do Estado, que está mergulhado numa
grave crise financeira, usando o discurso de que investir é a saída para o
governo, mesmo que apenas com empréstimos.
Vieira
da Cunha - Bateu no governo sempre que teve oportunidade. E continuará fazendo
esse papel, pois precisa se diferenciar dos demais por estar nas últimas
colocações na pesquisa.
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