ELIANE
CANTANHÊDE
O pós-Copa
BRASÍLIA
- A Copa acaba, as seleções se dispersam e os turistas voltam para casa, mas
Dilma continua no gramado, com a bola rolando e sob todos os holofotes e
atenções.
Nas
últimas partidas, tome de entrevistas para estrangeiros. No final de semana,
manchetes na internet até falando de corrupção. E chegou o dia de enfrentar o
Maracanã, cercada por 12 chefes de Estado.
Entregue
a taça, para o bem ou para o mal, Dilma continuará em campo para minimizar as
perdas abstratas com os 7 a
1 contra a Alemanha e potencializar os ganhos concretos com o sucesso da Copa.
Hoje,
domingo (13), as fotos com a taça no Maracanã e do almoço com presidentes no
Palácio Guanabara. Amanhã, o início de infindáveis entrevistas, balanços e
badalações com os resultados objetivos da Copa: tantos turistas, tantos
dólares, estádios assim, aeroportos assado.
Os 7 a 1 entram para a história, o sucesso
da Copa entra para a campanha. A Copa deu certo, isso é inegável. Agora, é
refletir nas pesquisas.
Depois
vêm infindáveis entrevistas, balanços e badalações da reunião de cúpula dos
Brics, com os chefões de Rússia, Índia, China e África do Sul. Parte na aprazível
Fortaleza, parte na simbólica Brasília.
A
agenda é extensa e não há como os oposicionistas competirem em exposição, em
manchetes, em temas. Enquanto isso, por onde andarão e o que estarão fazendo e
falando Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB?
Apesar
de tudo, ambos têm trunfos e discurso político, dados de graça pela ganância do
PT e pela arrogância de Dilma: Aécio rachou os palanques estaduais da
reeleição, Campos tem Marina Silva e ambos podem desfiar um novelo de erros
destes quatro anos na economia e na gestão.
Aécio
terá menos de cinco minutos e Campos, menos de dois na TV, suficientes para
provocar: e aí, classe média, excluída do paraíso, dos estádios e dos
supermercados?
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