31
de julho de 2014 | N° 17876
PAULO
SANT’ANA
Exame de sangue
Domingo
foi meu dia de calvário, que se sucede de 90 em 90 dias. Porque era meu dia de
tirar sangue para nortear os diversos exames laboratoriais que vão me nortear.
Fui
ao Laboratório Weinmann, seção da Avenida Nilo Peçanha.
Cumpre
dizer que sou daqueles tantos que se aterrorizam com a cravada da agulha de
injeção para sugar o sangue para exame.
Já chego
pedindo que me concedam a mais perita de todas as enfermeiras.
Pois
no domingo, para minha alegria, destacaram para tirar meu sangue uma extraordinária
prospectadora. Ela foi olhar a região do meu braço onde injetam a agulha. É preciso
dizer que a minha veia é invisível a olho nu, o que deve dificultar sua
localização.
Pois
bem, a enfermeira que me designaram é tão perita que auscultou delicadamente
meu braço e de imediato localizou a veia.
Eu
me surpreendi, e ela, firme e gentilmente, me disse: “É aqui!”.
A
seguir, esgoelou meu braço com aquela borrachinha e mais de imediato ainda foi
puxando meu sangue. Como tenho várias investigações a fazer em meu sangue, ela
foi sucedendo junto à agulha diversos tubos de vidro em que iriam ser separados
e classificados os campos de coleta (ou será colheita?)
Feito
isso, tirou a agulha e fechou com um esparadrapo o furo feito. Uma maravilha de
sucção, nem doeu a agulha penetrando minha pele e minha veia.
Maravilha!
É preciso
notar que, em outras vezes, a enfermeira que me designam nem enxerga ou sente
minha veia ao apalpá-la e vai furá-la no escuro, na intuição. E que muitas
vezes as enfermeiras escarafuncham meu braço à procura da veia e, sem encontrá-la,
furam diversas vezes minha pele naquele local.
É uma
tortura indizível, e por isso é que o meu dia de tirar o sangue torna-se
aterrorizante.
No
domingo, não. Parecia que eu estava bebendo uma Coca-Cola, quase um prazer, não
fosse o medo que me dominava.
Estava
pronto, só faltava agora o exame de urina, mas este tem só uma suave
dificuldade: a espera do momento da urina desembocar da bexiga na uretra
fornecedora.
Demoraram-se
uns cinco minutos e veio a urina.
Tudo
legal no domingo que pensei podia ser uma tortura.
Deus
proteja para sempre a genial enfermeira que me injetou ontem a agulha.
Um
domingo que deveria ser de agruras acabou se tornando um dia de amenas sensações.
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