quarta-feira, 9 de julho de 2014


09 de julho de 2014 | N° 17854
VERÍSSIMO NA COPA | L.F VERÍSSIMO

NORMAL, ATÉ QUE...

Fora os desastres da Espanha e da Itália, não estava sendo uma Copa anormal.

O fracasso da Inglaterra não chegou a ser surpresa. Os ingleses costumam ser assim: prometem mais do que produzem. Sua retrospectiva é geralmente melhor do que sua atuação nas Copas (a impressão é que os ingleses ainda não dominaram o jogo que eles mesmos inventaram).

A França também promete, promete e, com exceção da única vez em que foi campeã, não cumpre. Tinha o melhor meio de campo desta Copa, depois do alemão, com Cabaye, Matuidi e Pogba, e na frente o letal Benzema, mas foi até onde podia ir, como também é do seu hábito.

A Bélgica não foi exatamente uma decepção, mas todo o obá-obá (oba-oba em francês) que precedeu sua estreia na Copa pode ser tachado de propaganda enganosa. Destaque para o cabeludo Fellaini e para Hazard, um de uma série de baixinhos, como o francês Valbuena, o inglês Sterling e o suíço Shaqiri, que incomodaram bastante.

O Uruguai tinha, afinal, o jogador mais versátil da Copa, Luis Suárez, misto de goleador e roedor. Tinha também um bom zagueiro, Godin. E não tinha muito mais.

Surpreendentes foram a Costa Rica, com destaque para Bryan Ruiz e Joel Campbell, e, menos, a Colômbia de Cuadrado e James Rodríguez. E os Estados Unidos, que parecem ter conquistado o que lhes faltava, o interesse de uma boa parcela do público americano, e contribuiu com um jogador, Bradley, para a lista dos melhores da Copa.

Foi uma Copa de grandes goleiros e grandes atuações individuais, como as do italiano Pirlo, do holandês Robben, dos alemães Schweinsteiger, Tony Kroos e Müller e dos brasileiros David Luiz e Neymar até ser atropelado. E vamos ver o que faz o Messi, hoje, para merecer entrar nesta lista.

Enfim, nenhuma grande surpresa, nada de anormal.


Até a hecatombe de ontem.

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