27
de julho de 2014 | N° 17872
PAULO
SANT’ANA
Fim ao logro
O
Sindicato Médico do RS (Simers) divulgou recentemente, numa emissora de rádio,
um comunicado em que disse: “Em 20 anos, foram fechados 11 mil leitos pelo SUS,
mais de 3 mil somente na Capital. A consequência é a superlotação das emergências.
Os gestores da Saúde prometem novas vagas. Precisamos de mais investimentos e
menos demagogia”.
É
grave o que o Simers denuncia: foram fechados 11 mil leitos, 3 mil deles
somente na Capital.
Por
isso o pandemônio nas emergências e nos hospitais gratuitos.
Agora
vejam o que denuncia outra entidade médica, o Cremers, também em comunicado que
fez pela imprensa: “Estamos nos aproximando de outra eleição. E, como sempre,
os políticos passam a destacar a Saúde em seus discursos. Mas o Cremers informa:
a três meses da eleição, o governo do Estado anuncia a criação de mil leitos na
Capital e na Região Metropolitana. A licitação, porém, sequer foi aberta. É a
Saúde mais uma vez sendo usada para fins eleitorais”.
Como
se nota pelas manifestações das entidades médicas, a demagogia e o mau uso dos
serviços de Saúde gratuitos são apanágio dos gestores públicos da Saúde.
Em
suma, o governo é o culpado. O governo mente, ilude, falsifica dados para
ludibriar a opinião pública. É necessária a publicação da opinião das entidades
médicas para desmascará-lo.
Mas
para onde foi essa verba bilionária se extinguiram esses milhares de leitos e
privaram milhões de pessoas dos serviços médicos do SUS? Ninguém sabe, ninguém
viu. Isso é muito sério, talvez esse dinheiro bilionário tenha sido desviado
para a construção de estádios para a realização da Copa do Mundo recentemente.
É
uma vergonha, é um descalabro, é um desgoverno.
Os
eleitores precisam ver quem os está enganando. E votar contra os que os
enganam.
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