04 de setembro de 2013 | N°
17543
PAULO SANT’ANA
Renato decepcionou
Cinco vitórias consecutivas do Grêmio
no Campeonato Brasileiro subiram à cabeça de Renato.
Já na entrevista após o jogo contra a
Ponte Preta, Renato sofreu um violento ataque de narcisismo.
Foram 20 minutos de Renato elogiando a
si próprio, numa exasperação de autovaidade que chegou ao nível
do escândalo.
E que culminou ontem com a absurda
decisão de não botar Zé Roberto no time desde o primeiro minuto de
jogo, inventando um Biteco ridículo.
Cheguei a acreditar que Renato
mostrava, assim, que não tem equilíbrio para dirigir uma equipe de
ponta. Inventou lastimavelmente Biteco, deixando Zé Roberto no
banco.
Um desastre que beirou a
irresponsabilidade. E o Grêmio começou a renunciar, desta forma, à
possibilidade de chegar ao título.
Assim, Renato apequenou o Grêmio. E,
desse jeito, não conta comigo para ser cúmplice. Ou para com a
vaidade doentia do autoelogio, ou afunda o Grêmio.
E eu fico fora desta, continuo como
crítico. E não me furtarei a elogiar, até mesmo o Renato.
Chegou ao ponto de ontem Renato tentar
calar a torcida, que gritava pela entrada de Zé Roberto durante o
primeiro tempo, voltando-se para os gremistas que estavam na geral e
tentando silenciá-los.
Não tem explicação Biteco. Não tem
explicação a autossuficiência desafiadora de Renato ao não
recolocar Zé Roberto no time, só o fazendo quando o desastre já
era completo.
Repito: Renato cometeu a barbaridade de
não reintegrar Zé Roberto ao time com a saída de Riveros.
Repito novamente: Renato perdeu a
chance ontem de consagrar-se como treinador e, se perdeu esta chance,
com certeza vai perder outras também.
Hoje, no Sala de Redação, embora não
seja meu dia, vou estar presente para relatar melhor a história de
um treinador que ganhou cinco jogos seguidos e quase botou tudo a
perder ontem. O Grêmio é muito grande, e eu só sou útil quando
analiso assim com propriedade certeira os equívocos de quem erra,
seja quem for o errático, no caso, Renato, o maior jogador da
história do Grêmio.
E que está perdendo, como se vê, a
oportunidade de se consagrar como treinador.
Dida falhou lamentavelmente no primeiro
gol, entrou numa fria pela falha do Biteco. É a primeira falha de
Dida no Grêmio.
Mas falhou.
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