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segunda-feira, 30 de novembro de 2009
30 de novembro de 2009 | N° 16171
KLEDIR RAMIL
Homenagens
Acho que estou ficando velho, comecei a receber homenagens.
No próximo dia 10 de dezembro, Kleiton e eu vamos receber o título de cidadãos porto-alegrenses, na Câmara de Vereadores.
Deve ser por essa mania de escancarar pelo Brasil afora o amor que temos por nossa Capital. Apesar de morar há anos no Rio de Janeiro, muita gente pensa que eu vivo em Porto Alegre. Vai ver é isso mesmo, eles têm razão. O corpo foi embora, mas a alma ficou por aqui.
Dia 6 de dezembro, em pleno Beira-Rio, como preliminar do jogo final do Brasileirão, vou entrar em campo para receber o título de Cônsul Cultural do Sport Club Internacional. Por via das dúvidas, vou uniformizado. Se ninguém me segurar, assumo a posição de centroavante e garanto, pelo menos, a classificação para a Libertadores.
Em fevereiro de 2010, seremos tema do enredo da Academia do Samba, no carnaval de Pelotas, nossa terra natal. Depois de termos sido homenageados pela Caprichosos de Pilares, no Rio de Janeiro, e desfilar de carro alegórico pelo Sambódromo, não poderia haver nada melhor.
Há pouco tempo, alguns fãs mais exaltados resolveram lançar o “Dia de Kleiton & Kledir”. Ganhei 1/2 dia só pra mim. Sim, porque o Kleiton fica com a outra metade. Minha sugestão foi que ele ficasse com a parte da manhã, já que eu acordo mais tarde.
Como abriram uma votação para escolher o tal “Dia de K&K”, sugeri 27 de setembro, dia de Cosme e Damião. Que eu saiba, é a única dupla de santos que existe.
Mas fui voto vencido, talvez pela heresia da comparação. Só pra deixar registrado, tenho tido um comportamento exemplar durante toda a vida, o que, acredito, me credencia à beatificação. Mas não vou insistir nesse assunto, pois não posso colocar minha mão no fogo pelo outro K.
Por fim, a data escolhida foi 22 de novembro, para celebrar os 30 anos da primeira apresentação oficial de Kleiton & Kledir como dupla, cantando Maria Fumaça no Festival da Tupi.
Para festejar a data, os tais admiradores – um grupo de ativistas radicais autointitulado KosKas – promoveram uma festa num bar virtual, na internet, para que pudessem estar presentes fãs e amigos de todo Brasil.
Como ando emocionado com tantas homenagens, perdi o controle. Depois do terceiro ou quarto copo, tirei a camisa, subi na mesa e dancei a chula. Calma, calma! Foi tudo virtual. Tudo virtual.
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