sábado, 28 de novembro de 2009



28 de novembro de 2009 | N° 16169
ANTONIO AUGUSTO FAGUNDES


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Galpão Crioulo em grande gala

O conhecido programa gauchesco da RBS TV vai completar 28 anos em grande gala, prestigiado pelos maiores artistas do gauchismo e por um público impressionante. Por exemplo: em Horizontina, terra do Rui Biriva e do Luizinho Kur (e da Gisele Bündchen...) são cinco mil habitantes. Quando gravamos o programa compareceram... oito mil pessoas, quer dizer, veio muita gente das cidades vizinhas.

Neste ano já gravamos nosso programa em Bento Gonçalves (por duas vezes), Santo Ângelo, Pelotas, Campo Bom, Tramandaí, Arroio do Sal, Chapecó (SC), Caxias do Sul, São Borja, Esteio, Morro Reuter, Canoas, Santa Cruz e Ilópolis. Agora, ainda devemos gravar em Bagé (se a chuva deixar), Farroupilha, Frederico Westphalen e Saldanha Marinho. Mas queremos fazer um programa especial, mesmo, no dia 7 de dezembro, em Porto Alegre, na Usina do Gasômetro, toda enfeitada para o Natal.

Quando viajamos para gravar o programa no Interior ou fora do Estado, somos cerca de 60 pessoas entre técnicos, equipe de produção, os dois apresentadores e, claro, os artistas visitantes. E é impressionante a amizade que nos une e a alegria que isso nos traz.

Uma viagem dessas, sempre em ônibus especial, é um bochincho só, com o Neto Fagundes a contar piadas, com a turma às gargalhadas. Os melhores técnicos da RBS TV gostam de fazer parte da equipe do Galpão Crioulo.

O câmera Jorginho, por exemplo, não para um minuto. O Maguila, que nós chamamos de Bomba, é um guri grande, adorado por todos – não apenas pelo fato de ser um grande cozinheiro e assador. A Rô (Rosana Orlandi, a diretora) é séria e concentrada, e o Fernando Alencastro só reclama, brabo: “Que inferno!”. Nas viagens o Gino Basso, com aquela cara de diabo louro, cuida muito de mim.

É impressionante como ao longo de quase 28 anos, nunca tenha havido uma briga, um desacerto na equipe do Galpão Crioulo. Quem já trabalhou nela não esquece. Quem trabalha não quer sair.

E é impressionante a maneira como o público nos recebe. É sempre assim: vai começar o programa. A cortina está fechada. O Neto e eu tomamos posição no meio do cenário. Ali, em silencio, beijamos a mão um do outro.

Então abre-se a cortina, e refletores nos batem na cara como sóis, banhando nós dois de ouro. Eu levanto os braços como os antigos gladiadores, e a multidão prorrompe uma salva de palmas e de gritos que nos atordoa agradavelmente.

Na primeira fila, o prefeito, a primeira-dama, o patrão do CTG, a patroa, a primeira prenda. E as crianças. Ah, as crianças! Umas prendinhas que parecem bonecas recém-saídas da loja e uns piazinhos pilchados que são a miniatura dos grandes gaúchos que fizeram a nossa história.

Então o Neto e eu avançamos com tudo. E é para eles, para as crianças, para os gaúchos e para as gaúchas de todas as querências, que fazemos o programa. Com amor, de todo o coração.

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