quinta-feira, 12 de novembro de 2009



12 de novembro de 2009 | N° 16153
APOSENTADOS


Lula decide bancar a proposta de 6%

Reajuste para quem ganha mais do que o mínimo será levada ao plenário

Em uma rápida reunião de meia hora espremida pelo tema do blecaute, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu ontem à tarde com ministros e deputados que o governo vai bancar a proposta fechada em agosto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical para o reajuste das aposentadorias acima de um salário mínimo.

A oferta para os próximos dois anos prevê corrigir os benefícios pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acrescido de 50% do crescimento do PIB, o que daria um aumento em torno de 6% em 2010.

Segundo o deputado Pepe Vargas (PT), relator do substitutivo que reúne as propostas do governo para a Previdência, Lula deve chamar hoje líderes de partidos e da base aliada para enfrentar o debate com os aposentados e a oposição no Congresso. Conforme o deputado, a proposta pode ser votada na forma do substitutivo ou ser resolvida por medida provisória.

– Somos o único país do mundo que vai dar aumento real para os aposentados – alega Pepe Vargas.

O governo também reiterou o apoio à substituição do fator previdenciário pelo chamado cálculo 85/95, que permite a aposentadoria pelo teto para mulheres que somarem 85 anos de idade e contribuição. No caso dos homens, a soma deve ser 95 anos. Além das aposentadorias, o governo quer definir a política de valorização do mínimo que deve vigorar até 2023.

Líder do governo na Câmara, o deputado Henrique Fontana (PT) admitiu que a posição do governo deve desagradar os aposentados e as pequenas centrais sindicais, contrárias ao acordo fechado em agosto. Mas ressaltou que é pouco o espaço para mais concessões.

– Estamos falando aqui do que é possível, não do ideal – disse Fontana.

Ontem, as seis maiores centrais sindicais do país entregaram aos presidentes da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), documento em que pedem a votação da proposta de emenda constitucional que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Foi a principal reivindicação da pauta da 6ª Marcha dos Trabalhadores, movimento que reuniu milhares de manifestantes em Brasília.

Meus amigos, uma ótima quinta-feira para todos nós. Aproveitem o dia

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