quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022


15 DE FEVEREIRO DE 2022
+ ECONOMIA

Corretora do RS quer chegar em R$ 40 bilhões sob gestão

Uma empresa de tecnologia no mercado financeiro. Assim se define a gaúcha Warren, que nasceu startup, em 2017, para brigar com os grandes concorrentes do segmento.

A máxima segue em alta e, na contramão do setor, que atravessa um processo de consolidação, ou seja, com empresas maiores abocanhando outras menores, a corretora de Porto Alegre acaba de fechar a sua segunda operação de fusão e aquisição (M&A, na sigla em inglês) focada em tecnologia.

Depois do acordo de "acqui-hiring" com a catarinense BOX TI, no início do ano, para contar com 30 desenvolvedores, agora, foi a vez de incorporar 40 novos profissionais, entre analistas, designers e gerentes de produto da plataforma paulista sim;paul. Esse tipo de negócio é usado por quem deseja recrutar funcionários, ao invés de obter o controle de produtos, serviços ou a carteira de clientes.

O diretor de tecnologia (CTO), André Gusmão, explica que a aposta em times de pessoas, capazes de turbinar a oferta tecnológica, é uma das ferramentas que levam à meta de chegar até o final deste ano com R$ 40 bilhões sob gestão - o dobro dos R$ 20 bilhões obtidos em 2021.

- São muitas as possibilidades para oferecer. É importante crescer com experiências e tecnologia, e não apenas na base de clientes. Acreditamos que esse é o diferencial que queremos - resume.

Agora, a Warren atinge a marca de 40% de seus contratados lotados na área de tecnologia. Gusmão relata que esse é mais um passo para popularizar estratégias de investimentos, antes restritas aos investidores de maior capacidade. E lembra que no ano em que a B3, a bolsa brasileira, despencou 11,93%, o país atingiu a marca de 5 milhões de pessoas físicas na renda variável. Boa parte, atraída ao mercado quando a volatilidade imposta pela pandemia assustou muita gente.

Mesmo que existam mecanismos de proteção para defender posições em momentos como o atual, as ferramentas colocam as dificuldades nas mãos dos clientes.

A ideia, argumenta Gusmão, é alterar esse padrão e oferecer às pessoas que buscam oportunidades na renda variável processos mais simplificados. E, para isso, não há caminhos que não conduzam à excelência em tecnologia, revela.

Ainda com muitos desafios para enfrentar, o marketplace (plataforma digital de produtos e serviços) no agronegócio abre oportunidades para produtores, empresas, indústrias e diferentes segmentos do setor primário negociarem seus produtos.

Nesse cenário surgiu a primeira plataforma de marketplace para o agro brasileiro com rede própria de franquias, a gaúcha Campear. O projeto começou a tomar forma em 2019 e, logo depois, o CEO, Jean Fuchs embarcou para o Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos, com a ideia para validação e refinamento.

Agora, a startup com sede no Tecnovates, parque tecnológico da Univates em Lajeado, oferece uma plataforma que funciona como vitrine de compra e venda, aberta a todos os elos da cadeia.

Segundo os fundadores da Campear, o objetivo é alcançar todo o território nacional em 2022, com prospecção em vista para 15 Estados. Até o momento, o negócio foi concebido com recursos próprios dos sócios, sem capital externo.

- O desenvolvimento foi todo com tecnologia própria, altamente sofisticada e segura. Nós começamos do zero, foram várias pesquisas e análises antes da plataforma tomar forma, com foco na facilidade de manuseio e na simplicidade de conseguir se relacionar e fazer negócios - revela Fuchs.

São mais de 25 categorias, como insumos, equipamentos, maquinário, animais, imóveis, entre outras que oferecem, inicialmente, a possibilidade de venda direta entre vendedor e comprador, sem intermediários. De acordo com Fuchs, as negociações são transparentes e em um ambiente seguro.

RAFAEL VIGNA INTERINO

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