23 DE FEVEREIRO DE 2022
+ ECONOMIA
Qual será o custo da guerra que Putin ensaia começar
A movimentação de tropas e de palavras do presidente da Rússia, Vladimir Putin, impactou preços que vão dos energéticos - petróleo e gás - a ouro, passando pelas bolsas de valores. Esses são apenas os efeitos mais visíveis do custo que Putin pode impor ao mundo com a guerra que prepara como se fosse um jogo de xadrez, com avanços e recuos, na medida para evitar retaliações drásticas.
Apesar de, na prática, já ter começado uma invasão, Putin o faz de forma cirúrgica. Ao reconhecer a independência de duas províncias da Ucrânia - Donetsk e Luhansk -, o presidente russo acrescentou palavras bélicas à movimentação de tropas, horas depois de ter concordado com uma reunião de cúpula com os Estados Unidos mediada por França e Alemanha.
Além do risco ao fornecimento de gás para a Europa, em um momento em que os custos da energia já estão elevados, eventuais sanções de países à Rússia podem comprometer outros mercados. As exportações russas se concentram em commodities, ou seja, em matérias-primas básicas.
Além de responder por 17% da oferta global de gás natural e 12% de petróleo nas trocas internacionais, a Rússia ainda representa entre 4% e 6% da produção global de cobre, níquel e alumínio, metais diretamente relacionados à infraestrutura elétrica e de máquinas e equipamentos, todos altamente inflacionados pela pandemia. A Rússia ainda fornece metais como platina (14% da oferta global) e paládio (44%). As exportações russas e ucranianas de trigo representam ao redor de 14% do total global. Pelo risco de uma guerra ampliada, preços de commodities de energia, metalurgia e alimentação dispararam ontem.
As reações já começaram: a Alemanha suspendeu a certificação do gasoduto Nord Stream 2, construído para levar gás natural da Rússia. O Reino Unido congelou ativos de bancos e oligarcas russos, e os Estados Unidos barraram negociação de títulos. Embora seja cedo para saber todos os custos da guerra de Putin, uma coisa é certa: o preço será muito alto, especialmente para países que vivem crise energética, como o Brasil.
Agência turística
No ano em que completa 120 - foi constituída em dezembro de 1902 -, a Sicredi Pioneira terá casa nova na cidade onde nasceu, Nova Petrópolis. A primeira instituição financeira cooperativa da América Latina e a mais antiga instituição financeira privada em funcionamento no Brasil terá uma nova casa na Avenida 15 de Novembro, a principal da cidade.
Depois de desacelerar a obra, agora a previsão de conclusão é para julho. A nova sede terá cerca de 2,1 mil m2 distribuídos em três pavimentos. Pela fachada e pelas funcionalidades, vai se tornar atração turística: no térreo, além das estações de trabalho dos colaboradores, estão disponíveis ambientes de relacionamento, mesas para utilização da comunidade, espaço para coworking, salas de reuniões, internet e uma cafeteria, que funcionará mesmo quando a agência estiver fechada.
O projeto combina traços da arquitetura germânica, com o tradicional enxaimel, aliado a características contemporâneas. Integrado à cafeteria, haverá um jardim com bancos e mesas para uso da comunidade em geral.
O presidente da FEDERASUL, Anderson Trautman Cardoso, vai coordenar o Comitê Jurídico da Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB) que ganhou autonomia para ampliar ações e pautas que beneficiem as micro e pequenas empresas. a CACB ainda decidiu lançar campanha para ampliar o teto do Simples Nacional.
R$ 5,05
foi o fechamento do dólar ontem, por um triz ainda acima dos R$ 5. Reflexo da alta do juro, a cotação cedeu além do esperado, com analistas divididos sobre o efeito eleitoral sobre o câmbio. A alta das commodities decorrente da crise entre Rússia e Ucrânia também ajuda na alta do real.
Demorou, mas cortou fita no 22/02/22
O "gigante da freeway" terá, enfim, inauguração oficial. A nova sede da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), que já tinha movimentação no final de 2019, teve corte solene de fita ontem, cerca de um ano e meio depois do início de sua ocupação.
Mas por que demorou tanto, afinal? A combinação da pandemia com a apertada agenda do presidente da Confederação Nacional do Comércio, José Roberto Tadros, criaram suspense sobre a data da cerimônia. Conforme o presidente da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn, a combinação de dificuldades relacionas à covid-19 e à agenda fez com que a solenidade ficasse para a famosa 22/02/22, uma data palíndromo (que pode ser lida ao inverso com o mesmo resultado).
- É só uma coincidência - garante, rindo sobre eventual escolha proposital de data.
Demorou, mas ganhou um aniversário memorável. O complexo inclui área de convivência, biblioteca, lounges, auditório, dois restaurantes, usina de energia solar e até um lago artificial. Havia dois andares desocupados, mas um deles já começou a ser povoado com a incubadora de startups, que deve ser inaugurada em seguida, em março.
- É uma grande novidade na inovação. Deveremos ter de cinco a seis startups funcionando lá, em uma área de 1,5 mil metros quadrados de área disponível.
Embora a atual direção deva ter mandato renovado na eleição prevista para 2 de maio, nem todos ficam na nova composição. Assim, a decisão foi aproveitar uma janela antes do Carnaval para cortar a fita com toda a pompa. Para o auditório com capacidade para mil pessoas, só foram feitos 500 convites, com máscara, distanciamento e álcool gel.
- Já havia até certa ansiedade de alguns diretores, porque estamos ocupando já há quase um ano e meio. Vai continuar todo mundo junto, com a mesma diretoria, mas alguns que saem não poderiam ver o fruto do trabalho antes da troca - relata Bohn.
Chegou a ser registrada uma chapa de oposição à atual, esclarece Bohn, que acabou "não vingando". O desafio dos próximos quatro anos, afirma, é dar conta dos projetos que ficaram incompletos exatamente em decorrência da pandemia.
Funcionam no "gigante da freeway" a sede da Fecomércio e as direções regionais de Sesc e Senac, vinculadas à entidade. Ocupam o edifício, atualmente, 500 funcionários. Bohn diz querer que o prédio seja conhecido como a "casa do comércio gaúcho":
- É um local que deve servir de ferramenta para empresas e sindicatos na defesa do setor terciário.
Na Alberto Bins, onde antes funcionavam esses órgãos, o prédio pertencia ao Sesc, que mantém lá escolas de ensino a distância (EaD), restaurante, atendimento odontológico, teatro.
- Vai ter alguns andares para locar no centro. E aqui na nova sede, também teremos espaço para locar, para ter receita, como faz a Fiergs - arremata o presidente da Fecomércio.
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