terça-feira, 7 de maio de 2013



07 de maio de 2013 | N° 17425
PAULO SANT’ANA

Terror com transeuntes

Uma pessoa me atacou na rua e me disse o seguinte ontem: “O senhor não aparenta a idade que tem”.

Confesso que não entendi se ele queria me elogiar ou fazer reparo a mim.

Outro dia, outra pessoa me disse na rua: “A idade que o senhor tem não combina com sua aparência”.

Fui-me embora sem pedir explicações, podia me decepcionar se ele me respondesse que me mostro muito velho para a pouca idade que possuo.

Não entendi direito as duas pessoas citadas acima. Mas um terceiro, esse entendi muito bem: “O senhor não possui idade para a aparência que tem”.

Esse quis mesmo foi me esculhambar.

Lembro-me que certa vez um passante foi ainda mais agressivo comigo: “Se eu tivesse sua idade, por certo não ostentaria esta boa aparência que tenho”.

Ou aqueloutro que me disse: “Se eu tivesse sua aparência ou sua idade, me suicidaria”.

Para esse respondi prontamente: “E eu, se tivesse a sua aparência e fosse sua mulher, o trairia”.

Ele saiu meio torto com o que lhe disse.

Mas o maior elogio que recebi em toda a minha vida foi quando um sujeito me encontrou no shopping e me disse: “O senhor não aparenta ser a brilhante criatura que é”.

Saí do encontro flutuando nas nuvens.

Nem tive tempo de retrucar que “o senhor só agora viu como as aparências enganam”.

Um outro me deixou intrigado e quase enfurecido quando me disse: “Não o conhecia pessoalmente, mas me enganei, porque imaginava que o senhor tivesse uns 70 anos”.

Mudando de assunto, recebi um e-mail do presidente da Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição, Arlindo Nelson Ritter: ele me mandou dizer que aumenta assustadoramente o nível de infecção hospitalar nos hospitais do grupo, principalmente no que se refere à superbactéria KPC.

Ele me escreveu que em 2011 foram 17 casos e em 2012 passaram para 177.

E o mais alarmante, pelo que disse: agora, em 2013, tem-se verificado o número estarrecedor de 25 casos por mês.

O dirigente sindical pede socorro ao GHC, atribuindo tudo isso à falta de “gestão técnica”.

Ponho à disposição do GHC este espaço para refutar ou concordar com esses números.

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