25 de julho de 2016 | N° 18590
MARCELO CARNEIRO DA CUNHA
THE NIGHT OF HBO
Se alguma coisa segue sendo a que produz o melhor conteúdo já visto fora das telas dos cinemas, caros leitores, ela atende pelo nome de Home Box Office, aka HBO. Provas disso são os incríveis The Sopranos e Band of Brothers, lá no início da nova tevê. Quando resolve roçar o que consideramos arte, a HBO dá show de bola e tela.
E assim chegamos a The night of, uma série de investigação que está sacudindo críticos e público com o mesmo fervor místico. Nela, um jovem americano de origem paquistanesa sai no táxi do pai desde a sua casa diretamente para o inferno, ou ao menos para uma delegacia de polícia, sem fazer ideia do que realmente aconteceu nessa noite de tantos mistérios.
John Turturro entra em cena, como o cínico advogado de porta de cadeia e sandálias onde deveria haver sapatos, e a cena está roubada. A cinematografia lembra muito o lindo Taxi Driver, já que nosso nada herói estava nessa condição quando tudo começou. Tudo, ou seja, o que realmente aconteceu, ninguém sabe.
O sistema legal americano começa a girar suas manivelas e engrenagens, e nossa história segue em frente, com a gente grudado com Super Bonder no sofazão da sala. Se eu fosse vocês, veria. Se eu fosse eu, também. Quem sabe nos encontramos por aí então, suando no frio do inverno rumo ao final de The night of, que, pra nossa sorte, mal começou.
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