Como a Arcor quer balançar o império do Sonho de
Valsa
Com investimento milionário no chocolate Bon o Bon,
empresa quer fatia no mercado de bombons avulsos, responsável por movimentar R$
500 milhões no Brasil
Marcela Ayres
Embalagens de Bon o Bon, aposta da Arcor para o
mercado de bombons avulsos
Bon o Bon, aposta da Arcor para o mercado de bombons
avulsos: chocolate será vendido a um preço sugerido de R$ 0,70 a unidade
anterior das Embalagens de Bon o Bon, aposta da Arcor para o mercado de bombons
avulsos Segundo Oswaldo Nardinelli, diretor geral da Arcor
São Paulo - Líder de mercado na Argentina e no Chile,
o bombom Bon o Bon chegou no mercado brasileiro com a missão de bater uma meta
audaciosa da Arcor. Em doze meses, a fabricante de balas e guloseimas quer que
o chocolate abocanhe de 7% a 9% do concentrado mercado de bombons avulsos no país.
Não é difícil entender o porquê. Com presença
acachapante na boca de muitos caixas e vendinhas, os bombons movimentam cerca
de 500 milhões de reais no Brasil. Embora sua representatividade não seja
grande (9% da venda de chocolates), especialistas no setor apontam seu
potencial: no ano passado, o avanço do segmento foi quase duas vezes superior
aos 2,9% entregues pelo mercado de chocolates em geral, conforme dados da
Nielsen.
Segundo Oswaldo Nardinelli, diretor geral da Arcor, são
duas as razões que explicam o entusiasmo. Em primeiro lugar, há o baixo consumo
de chocolate pelo brasileiro, apesar de o país ser o terceiro maior produtor
mundial da guloseima. Na média, cada habitante come 2,2 quilos de chocolate por
ano. Nos Estados Unidos, o número é de 4,4 quilos e na Argentina, 2,9 quilos.
A isso se soma a popularidade do bombom avulso, uma
preferência "latino-americana", nas palavras do executivo. "Como
as caixas de bombons estão presentes em muitos lares, os consumidores acabaram
se acostumando ao consumo individual", diz Nardinelli. "Na Europa, o
consumo é muito mais em tabletes e barrinhas."
Ameaça ao reinado?
Para emplacar o Bon o Bon, a Arcor terá que enfrentar
uma duríssima concorrência. Sozinha, a Lacta domina quase dois terços desse
mercado. Controlada pela multinacional Mondelez, a empresa é dona das marcas
Sonho de Valsa (41% de participação) e Ouro Branco (21%). O bombom Serenata de
Amor, da Garoto/Nestlé, é outro velho conhecido dos brasileiros.
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