2
de maio de 2013 | N° 17420
PAULO
SANT’ANA
Renascido das
cinzas
O
jogo foi emocionante. Primeiro a má emoção: Cris, irresponsavelmente, jogou o
Grêmio no inferno ao cometer aquele pênalti. Este Cris não regula bem da
cabeça, não foi a primeira vez que ele deixou o time na mão, ou com expulsões,
ou com jogadas infantis.
A
segunda emoção seria redentora: o gol de Fernando fez o Grêmio renascer das
cinzas e plantou nos corações tricolores uma esperança de classificação na
Colômbia.
O
empate de 1 a 1, que parecia cristalizar-se no marcador, seria trágico para o
Grêmio.
Péssima
atuação de Barcos, grande atuação de Vargas. Mas não se sabe de onde Luxemburgo
foi tirar outra invencionice das suas: inventou, para parecer original e
talentoso, o André Santos na meia-cancha, o que emasculou totalmente o time
gremista.
Não
tem jeito o Luxemburgo, essa invenção dele, a décima nesta temporada, é
imperdoável.
Agora
resta aos gremistas esperar pelo dia 16 na Colômbia. A sorte institucional e
financeira do Grêmio dependerá desta partida que será jogada lá.
Ia
me esquecendo de dizer que é inacreditável que o Grêmio tenha obtido uma
vitória depois da maluquice de Cris e da nula, absolutamente nula e inútil,
atuação de Elano, que é grande jogador, mas que ontem não acertou nada,
absolutamente nada.
No
jogo do dia 16, haja coração. Porque, com apenas 1 a 0, nós estaremos fora. Mas
temos de confiar na imortalidade gremista, tantas vezes demonstrada e que vai
de novo nos salvar.
Zero
Hora escreveu reportagem dizendo que o poeta gaúcho e uruguaianense Luiz de
Miranda é candidato ao Prêmio Nobel de Literatura. Agora os argentinos vão nos
pagar. Com Miranda de posse do Nobel, os argentinos serão humilhados: vão para
as cucuias seus orgulhos de terem dado o Papa e a rainha da Holanda.
Luiz
de Miranda esteve aqui na minha sala, visitando-nos, ontem. Pela primeira vez
em minha vida, falei pessoalmente com um Nobel, fiquei emocionado. Sabem de uma
coisa? O Rio Grande do Sul há muito que merece um Nobel, seja por Mario
Quintana, Moacyr Scliar ou Dyonélio Machado.
E
agora o Luiz de Miranda se prepara para nos vingar.
Eu
digo sinceramente que invejo Luiz de Miranda. A minha inveja é a mais ignóbil
que pode ter um ser humano: invejo-o porque eu no fundo é que desejava ganhar
um Nobel.
Não
me passa pela garganta que o Luiz de Miranda, que foi meu simples e humilde
redator no Sala de Redação em 1971, tenha me batido espetacularmente e agora vá
ganhar o Nobel.
Sinto-me
um chinelão.
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