São Francisco de Assis é o
cara
Nestes
tempos de campanhas políticas de mais de US$ 500 milhões, como a de Obama, de
consultores de marketing e publicitários megaespertos e de jogos de comunicação
nunca imaginados, é bom lembrar que São Francisco de Assis (1182-1226) é o cara.
Em 1999, a revista Time o apontou como o Homem do Milênio, à frente de
Shakespeare, Einstein, Michelângelo, Lutero, Mozart e outros gigantes.
O título
foi bem merecido, por tudo de bom que ele fez e segue fazendo pela humanidade. São Francisco é o Santo dos
Santos, num universo de mais de sete mil santos da Igreja Católica.
Ele é
dos mais queridos, estudados e permanentes. Ele foi um hippie no século XIII,
uma personalidade raríssima que, com simplicidade, amor ao próximo e à natureza
e pregações itinerantes e verdadeiramente cristãs, mostrou que, quando se dá o
exemplo e se passa mensagens verdadeiras, não é preciso utilizar parafernálias
eletrônicas, repetições e técnicas de venda e convencimento.
São
Francisco cantava o sol, a lua, as estrelas e se comunicava muito bem com
humanos e com os animais. Que importa se
depois de quase 800 anos de sua morte ele ainda não foi suficientemente
estudado e se suas pregações ainda não foram integralmente aceitas? Isso, aliás,
mostra sua grandeza eterna, infinita, e revela o caráter transformador de um
homem que abriu mão da posição social e da riqueza da família para mudar
realmente as pessoas e o mundo.
Em
nosso planeta, onde ideologias, pessoas, crenças e verdades duram, muitas
vezes, menos do que a cabeça de um palito de fósforo, em que tudo o que é sólido
desmancha no ar e onde os valores e tudo mais são levados rapidamente para o
espaço, é bom lembrar de uma pessoa, um santo do tamanho de São Francisco de
Assis.
É bom
saber que temos reservas humanas e ecológicas como ele, como Madre Teresa de
Calcutá e outras pessoas que representam o melhor de nós. Na simplicidade da
Igreja da esquina das ruas Domingos Crescêncio com São Luis, não é preciso
muitas imagens, palavras, objetos e símbolos para constatar que Dante Alighieri
estava absolutamente certo quando disse que São Francisco de Assis foi uma luz
que brilhou sobre o mundo. Brilhou, brilha e brilhará, para que o mundo e os
humanos não mergulhem nas trevas de todo tipo.
Jaime
Cimenti
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