20
de novembro de 2012 | N° 17259
PAULO
SANT’ANA
A esperteza de Luxemburgo
Negócio
seguinte: há garagens do Centro que cobram por duas horas de estacionamento R$ 12.
Por duas horas: R$ 14. É um preço razoável e justo.
Mas
acontece que há garagens da cidade que estão cobrando R$ 40 ou R$ 45 por três
horas de estacionamento. Isso é um roubo, um assalto, uma vergonha.
E não
se pejam de explorar assim os cidadãos?
Fiquei
maravilhado com as instalações do setor de neonatologia e com a maternidade do
Hospital de Clínicas, onde fui visitar um bebê e a parturiente.
Bem
equipados, higiene perfeita, atendidos por enfermeiras, auxiliares e médicos
que me dedicaram a máxima cordialidade.
E
tudo isso pelo SUS.
Tem
coisas do SUS que são espetaculares.
Um
frei capuchinho ficaria ruborizado se adivinhasse o que estou pensando do
treinador Vanderlei Luxemburgo, depois que ele fez uma proposta salarial a Fábio
Koff, a proposta foi aceita e o Luxemburgo disse anteontem que ainda vai falar
com a família para decidir se permanece no Grêmio.
Mas
como? Fez a proposta, que foi aceita e vem com essa conversa mole de que tem de
consultar a família.
Não é
um gesto aceitável.
Estávamos
acostumados aqui a lidar com pessoas de palavra, não movediças e não mercuriais.
Grande
decepção, mas quem viu a passagem de Luxemburgo pela Seleção Brasileira não se
surpreende, naquela ocasião ele ficou com o rei na barriga.
Isso
não absolve Fábio Koff de ter sido lento.
O
leitor e ouvinte Oscar Fernando Allgayer (oscar@allgayer.com.br) mandou a
seguinte mensagem para esta coluna:
“Prezado
Sant’Ana: tive a honra de ser escolhido o ‘torcedor no Sala’ da última sexta-feira.
Minha homenagem foi à sua pessoa, que, embora gremista, é com quem mais me
identifico, pela infância descrita em várias colunas, nas ruas da Glória e do
Partenon.
Lamentei
pela sua ausência, pois me sentiria muito honrado em dividir a mesa com sua
genialidade. Fui muito bem recebido por todos e guardarei para a eternidade
esta distinção. Segue abaixo o texto de minha homenagem. Grande abraço e
sucesso.
‘Simpatizo
e admiro todos os integrantes do Sala, do neófito David com o potencial de um
Golias. Do gremista Cacalo com sua pretensão a Campeão de Tudo. Do colorado
Kenny e sua consagração como tal. Do Wianey e sua contestação de tudo. Do Lauro
e sua obstinação total. Ao Pedro por sua liderança natural.
Mas
com quem realmente me identifico, como menino de origem pobre das ruas do
Partenon, das caçadas de passarinhos nos fundos do São Pedro, das incursões à pedreira
do morro da Polícia, das matinés do Miramar, das descidas de carro de lomba na
Tobias Barreto, das festas de gala no Partenon TC com o mesmo Kichute das
peladas da Jaime Teles, é deste Gênio, por sorte Gaúcho, cidadão do mundo,
Mestre Paulo Sant’Ana’”.
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