17 de novembro de 2012 |
N° 17256
SONO
Vencendo a insônia
Saiba o que especialistas
recomendam para ter uma boa noite de sono
Sono de má qualidade – como
qualquer um que sofre disso sabe – pode tornar a vida uma miséria. E está tendo
seus efeitos sobre a saúde da nação. De acordo com um estudo recentemente
publicado pela Great British Sleep Survey, mais de 15% de nós luta atualmente
para conseguir uma boa noite de sono, sendo que mulheres são três vezes mais
suscetíveis a serem afetadas do que os homens.
Evidências coletadas de mais de
20 mil adultos entre março de 2010 e junho de 2012 mostram que 93% dos insones
relatam níveis baixos de energia e 83% reclamam das mudanças de humor. Outros
77% acham difícil se concentrar, 64% afirmam que são menos produtivos no
trabalho, e 55% relatam dificuldades em relacionamentos.
Ainda pior, um sono de má
qualidade persistente pode aumentar o risco de desenvolver condições como
diabetes, depressão, pressão alta do sangue e derrames cerebrais. Uma pesquisa
realizada pela University of British Columbia sugere que cada hora de sono
perdida à noite pode nos custar um ponto de QI no dia seguinte. E é um problema
de longo prazo: um quarto das pessoas com insônia vem sofrendo com o problema
há mais de 10 anos.
Na Grã-Bretanha, de forma
preocupante, as pessoas com sono de má qualidade são tratadas com medicação: o
serviço de saúde do Reino Unido gastou uma incrível quantia de GBP50m em
pílulas para dormir, com 15,3 milhões de receitas distribuídas pela Inglaterra,
Escócia e País de Gales (até 17% em três anos). Mas muitas pílulas tem efeitos
colaterais indesejáveis e os resultados dos questionários mostram que elas não
resolvem os problemas de sono de longo prazo: 42% das pessoas que já as tomaram
seguem tendo sono de má qualidade por mais de uma década.
Então como podemos fazer algo
sobre o sono de má qualidade sem remédio? A maioria das pessoas foca primeiro
no que Collin Epise, professor de psicologia clínica e diretor da University of
Glasgow Sleep Centre, chama de “higiene do sono”: nossa rotina pré-cama, e o
ambiente físico no qual tentamos dormir.
Espie acredita que esse fatores
influem em meros 10% dos problemas para dormir: “a maioria das pessoas com
insônia tem uma higiene do sono melhor do que os que dormem fácil”. Mas a
maioria dos especialistas em sono concordam que esses fatos fazem, sim, a
diferença.
THE GUARDIAN | POR JON
HENLEY
Nenhum comentário:
Postar um comentário