Jaime
Cimenti
Rio Grande do
Sim
Ao
completar seus 50 anos, a gloriosa ADVB/RS, no 21º Congresso de Marketing que
realizou há poucos dias, propôs ideias instigantes para que nosso Rio Grande
aumente o PIB, melhore seu desempenho e retome posições no cenário nacional.
Propôs que a gente diga menos não, largue, um pouco ao menos, a cultura do
conflito e faça com que as divergências não se tornem um fim em si, mas apenas
o início de uma união em prol da construção coletiva do Estado.
Em
tempos de globalização, há quem diga que o dinheiro e a competência devem tomar
conta, não importando a geografia, os costumes, a cultura local etc. Menos, não
é? Não podemos deixar que negócios com empresas de outros estados ou países
simplesmente aconteçam e que a gente ande para trás.
Diz
uma velha piada que, se propões um negócio para um nordestino, ele pergunta: o
que eu vou ganhar? Se propões para um paulista, ele diz: quanto vamos ganhar e,
para a proposta, o gaúcho responderia: quando tu vais ganhar?
Isto
é piada, claro, mas mostra um pouco da coisa. Acho simpática, oportuna e
importante a iniciativa da ADVB/RS. Acima de ideologias, de preferências
futebolísticas ou político-partidárias, temos de pensar em nossos filhos, netos
e bisnetos e no desenvolvimento sustentado de nosso querido Rio Grande.
Para
não dizerem que não falei de flores concretas, lanço uma sugestão: a realização
de uma Festa do Rio Grande, em que todos nós, rio-grandenses, participaríamos
com serviços, produtos, ideias, bens culturais, artísticos etc. Todas as
regiões do Estado, todas as etnias e todos os segmentos econômicos, sociais, políticos,
culturais e etc compareceriam.
Sei
que a ideia é gigante, sei que muitos já devem estar torcendo o nariz e sei que
não é fácil. Mas é um início de conversa que proponho, até para prestigiar a
ideia da ADVB/RS, que merece atenção. Se a gente não se Raoni, a gente se
Sting. Para a gurizada: Raoni era um cacique e Sting um roqueiro simpático às
causas ecológicas.
Pois
é, estou com a ADVB e acho que metade da festa pode ser no Beira-Rio e metade
na Arena, cada um trajando o que achar melhor, cada um com suas características
e preferências, mas, ao fim e ao cabo, todos pensando que essa terra tem donos
que se unem. Como imaginou o John Lennon, que foi traçar sonhos lá na padaria
do andar de cima, você pode dizer que sou um sonhador, mas não sou o único e
espero que você se junte para que o Rio Grande do Sul o seja de muitos, um
baita Rio Grande do Sim.
Jaime
Cimenti
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