08
de novembro de 2012 | N° 17247
PAULO
SANT’ANA
Os brilhantes e os
aplicados
Conheço
muita gente brilhante. E conheço muito mais gente aplicada.
Quase
sempre o sujeito se torna aplicado por não ser brilhante.
O
brilhante muito mais pensa do que faz. Já o aplicado mais faz do que tem a
capacidade de pensar.
O
aplicado realiza uma verdadeira mão de obra para chegar ao sucesso.
Já o
brilhante despende menos suor para ter êxito.
Dá-se
o seguinte: quando a pessoa sente que não é brilhante e quer vencer na vida,
então adota a aplicação.
Só
com muito esforço uma pessoa pode suprir a falta de brilhantismo.
Haja
suor, haja trabalho, haja organização, isso é a aplicação.
Quando
você vê uma pessoa agindo sempre, preenchendo todos os espaços, estando em
todos os lugares, executando todas as tarefas, a isso se chama aplicação.
Já o
brilhante não precisa esforçar-se e consegue ótimos resultados sem trabalhar
muito. A força das suas ideias é poderosa, leva tudo pela frente e realiza
coisas prodigiosas.
Eu
admiro muito os aplicados. Mas eu gosto mesmo, eu sou apaixonado pelos
brilhantes.
Quando
me dizem, por exemplo, que determinada pessoa é descuidada, eu corro para
conhecê-la.
É
que os brilhantes são sempre descuidados, são distraídos, isto é, não se
aplicam.
Eu
dou um doce para ouvir uma ideia, um pensamento, uma solução de um brilhante.
O
brilhante tem solução pronta para quase tudo. Já o aplicado tem de entregar-se
muito ao trabalho para chegar a uma solução.
Ah,
eu ia me esquecendo: nunca vi um brilhante aplicado.
Ontem
cheguei a pensar que Fábio Koff estava demorando muito para contratar Vanderlei
Luxemburgo com a finalidade de encontrar um pretexto para não acertar-se com
ele.
Deus
queira que o Fábio Koff não tenha calculado que terá ciúme de Luxemburgo, se
ele for seu treinador.
A
pior coisa é quando o presidente do clube começa a disputar beleza com o
treinador, foi o que me parece aconteceu com o Paulo Odone, que sentia ciúme do
Renato Portaluppi.
Presidente
e treinador têm de entrosar-se totalmente e caminhar juntos com a mesma
finalidade, de mãos dadas, têm de entender-se por ouvido.
Tomara
que o Fábio Koff abrace o Luxemburgo com convicção.
Se o
Koff não contratar o Luxemburgo, será uma catástrofe: já sairá queimado com a
torcida de cara.
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