01
de novembro de 2012 | N° 17240
IDEIAS
QUE INSPIRAM
Lições de inovação para gaúchos
Indústria
criativa, consumo colaborativo e novas tecnologias que podem ser adotadas por
empresas foram discutidas em evento
O
empresário Régis Sell Haubert, 49 anos, foi um ouvinte atento dos estrangeiros
que discorreram sobre ideias criativas para modernizar indústrias, ontem, no
encerramento do 5º Congresso Internacional de Inovação, em Porto Alegre. A
Exatron – Produtos Inteligentes já pratica algumas das sugestões apresentadas,
mas Haubert concentrou-se nas palestras como se fosse um iniciante, para se
atualizar ainda mais.
Fundada
em 1984, com sede na Capital, a Exatron produz sensores de presença (sistema
que ilumina um ambiente quando alguém se move), relés fotoelétricos (acende a
luz assim que anoitece) e outros produtos. É líder no mercado nacional nos dois
segmentos, mas Haubert observa que não dá para descuidar.
Os
tigres asiáticos – conglomerados da China, Coreia do Sul, de Hong Kong e Taiwan
– salivam por abocanhar clientes brasileiros. Só não invadiram o país porque
enfrentam uma barreira até agora intransponível: produtos verde-amarelos
eficientes e de bons preços.
– A
inovação, para uma indústria como a nossa, é chave. A cada seis meses, uma nova
tecnologia pode surgir e mudar o encadeamento dos produtos – diz o empresário.
Empresa
deve pensar na sustentabilidade
Haubert
saiu satisfeito do Teatro do Sesi, após anotar cada conferência do congresso
promovido pelo Sistema Fiergs. Ouviu ideias as quais já intuía, outras que
executa parcial ou totalmente e algumas que lhe trouxeram inspiração e poderão
ser adaptadas. Uma das que mais calharam foi a de que a missão de uma indústria
não é só vender produtos, mas oferecer soluções aos consumidores.
A
proposta foi oportuna porque a Exatron deve lançar, nos próximos meses, um
chuveiro inteligente. O aparelho interage com o usuário, permitindo o ajuste
preciso da temperatura, da vazão da água e da duração da ducha. A cada três
minutos, alerta sobre tempo do banho. Ao final, ao ser desligado, mostra o
consumo de água e de energia e já projeta quanto o consumidor gastará em 30
banhos – a higiene prevista para um mês.
– Uma
empresa também deve pensar na sustentabilidade – afirma Haubert.
nilson.mariano@zerohora.com.br
Sugestões
bem-vindas
O
que agradou ao empresário Régis Sell Haubert nas palestras de especialistas
estrangeiros que participaram do 5º Congresso Internacional de Inovação, em
Porto Alegre. Algumas ideias ele já praticava, outras podem lhe inspirar ou ser
adaptadas ao seu negócio:
- A
perfeita harmonia entre o talento das pessoas e a geração de ideias. Criar um
ambiente saudável de confiança coletiva.
- Oferecer
soluções aos clientes. Não apenas vender a mercadoria, mas entregar produtos
inteligentes, que possam mudar a vida do consumidor, trazendo mais conforto e
economia às famílias.
- Antecipar-se
às necessidades dos clientes. Inovar sempre, criando produtos cada vez mais duráveis
e econômicos.
- Analisar
o consumo colaborativo, a nova prática comercial que possibilita o acesso a
bens e serviços sem que haja necessariamente a aquisição de um produto em
dinheiro. Compartilhar, emprestar, alugar e trocar podem substituir o verbo
comprar.
- Atualizar-se
de forma permanente. Somente o passado de sucesso não garante a continuidade do
negócio. As transformações tecnológicas estão mais rápidas, o que abrevia o
tempo das perspectivas futuras.
- Estabelecer
parcerias com o que existe de inovador no mundo. Isso permite o acesso a
produtos antes mesmo de serem testados e lançados no mercado.
- Globalizar-se
e manter-se conectado. Viajar periodicamente para países onde existem empresas
de ponta no mesmo ramo de negócio. Possibilita saber como estão os concorrentes
e as novidades que produzem.
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